Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Rio irá aplicar segunda dose em quem tomou vacina de lote suspenso de Coronavac

    Mais de 1200 pessoas receberam doses da Coronavac que foram suspensas; lote foi recolhido pela Anvisa

    Lote de Coronavac foi suspenso porque fábrica chinesa que o produziu não passou por inspeção da Anvisa
    Lote de Coronavac foi suspenso porque fábrica chinesa que o produziu não passou por inspeção da Anvisa Walterson Rosa/MS

    Isabelle Salemeda CNN No Rio de Janeiro

    As mais de 1200 pessoas que receberam, na cidade do Rio de Janeiro, doses do lote de Coronavac suspenso preventivamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vão receber normalmente a segunda dose do imunizante nos próximos dias, de acordo com as datas estipuladas nos comprovantes de vacinação. A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

    O lote foi uma das maiores remessas de vacinas contra a Covid-19 recebidas pelo Estado do Rio desde o início da campanha contra a Covid-19. As doses que estavam na capital fluminense foram recolhidas nesta quarta-feira (22). A Anvisa afirmou à CNN que a remessa segue interditada e a validade de interdição é de 90 dias. Em nota, a agência disse que até o momento, não há informações e dados que permitam a liberação dos lotes.

    Caso a Anvisa invalide a vacinação das pessoas que receberam o imunizante, Soranz garantiu que as pessoas receberão uma nova dose de Coronavac, para completar o ciclo vacinal.

    “No momento, as pessoas esperam a Anvisa tomar uma decisão. Se for necessário, a gente vai convocá-las para revacinação. A princípio, a vacina é válida, ela já foi aplicada e, se tiver necessidade, a Anvisa vai definir a regra para o país todo e pedir para que as pessoas voltem para se revacinar. Elas já devem estar tomando a segunda dose nos próximos dias. Elas tomam a segunda dose normalmente e, se for necessário revacinar, a gente vacina como segunda dose novamente”, comentou o secretário.

    Calendário de vacinação

    Nesta quinta-feira (23), a vacinação na cidade do Rio é destinada às meninas com 13 anos. Na sexta, são os meninos dessa idade. Soranz comentou o recuo do Ministério da Saúde sobre a imunização dos adolescentes. “Era óbvio que o Ministério ia voltar atrás. Não tinha nenhum fundamento científico para tomar uma decisão como aquela. Felizmente o Ministério da Saúde reconheceu o erro, recomendou a vacinação para os adolescentes. A gente recomenda também que as pessoas procurem o mais rápido possível para vacinar os adolescentes. Eles têm menos risco de adoecer pela Covid-19 mas eles são muito importantes para interromper a cadeia de transmissão e aumentar a imunidade coletiva”, explicou Soranz.

    No calendário da capital, está prevista uma repescagem para sábado. Já a dose de reforço continua sendo aplicada em idosos a partir dos 86 anos que receberam a segunda dose no Rio há pelo menos três meses. Idosos fizeram fila no posto montado no Planetário, na Gávea, na zona sul do Rio.

    Por recomendação do Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19, pessoas com 60 anos ou mais que tomaram a segunda dose até o dia 28 de fevereiro no município também podem receber o reforço a partir desta quinta-feira. De acordo com o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, cerca de 14 mil pessoas estão incluídas nesse grupo, a maioria delas são profissionais de saúde nessa faixa etária. No entanto, para trabalhadores da área em geral não existe previsão de terceira dose. “A gente está reforçando a imunização dos grupos mais vulneráveis. Caso haja alguma recomendação do Ministério da Saúde para vacinar novamente os profissionais da área, a gente faz”, informou o secretário.

    Hoje, as evidências científicas mostram que a terceira dose é necessária para quem tem dificuldade de produzir a proteção, de produzir os anticorpos. Para a população abaixo de 60 anos ainda não tem evidência científica para realizar a dose de reforço nesse momento. Isso está sendo estudado pelo nosso comitê científico a partir das pesquisas que a gente tem em atuação em Paquetá e Maré e também está sendo estudado pelo Ministério da Saúde. Muito provavelmente vai ser necessário, mas no início do ano que vem ou bem no finalzinho desse ano”, acrescentou.