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    Rio espera mais vacinas para cumprir calendário de imunização de idosos

    Governo municipal admite que podem faltar doses para imunizar 220 mil idosos acima de 80 anos

    Isabelle Saleme e Pauline Almeida, da CNN, no Rio de Janeiro

    O secretário da Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, não descarta a possibilidade de faltar vacina para os grupos prioritários no plano de imunização contra Covid-19 elaborado pelo município. Até o fim de fevereiro, a expectativa é vacinar todas as pessas com mais de 80 anos, que corresponde a mais de 220 mil pessoas. 

    “Nosso objetivo é aplicar todas as doses. Nesmo que falte vacina, é importante que a gente vacine todo mundo. Cada dia que a gente tiver vacina esperando em estoque, esperando ser armazenada, a gente deixa de salvar vidas, a gente deixa de salvar mais cariocas”, disse no dia em que a prefeitura divulgou um calendário de vacinação para o grupo.

    A partir de segunda-feira (1º de fevereiro), idosos de 99 anos ou mais vão ser imunizados nos postos. Na terça é a vez de quem tem 98 anos, na quarta, 97; e assim por diante. A divisão de uma idade por dia é pra evitar aglomerações. Acamados receberão as doses em casa e a prefeitura vai disponibilizar vacinação em sistema drive-thru a partir do dia 6 de fevereiro.

     

    O secretário lembrou que a metade das doses da primeira remessa da Coronavac ficou no centro de distribuição do governo do estado.  Assim que o Instituto Butantan garantir a reserva de mais vacinas, essas doses armazenadas já serão liberadas pra facilitar a logística. “A gente tem já algumas [outras] remessas programadas do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz, então a gente está contando também com novas remessas de vacinas para a cidade do Rio de Janeiro”, afirmou Soranz.

    Para concluir o calendário a prefeitura conta com a chegada de mais doses da vacina. Caso isso não aconteça, a vacinação pode ser adiada. “Nesse momento, a gente está muito seguro com o calendário. Pode ser que tenha algum tipo de alteração, a gente espera que não tenha, espera tentar ser o mais previsível possível pra nossa população, mas é óbvio que alguma intercorrência pode acontecer”, revelou o secretário. 

    Mais de 103 mil pessoas já foram vacinadas na cidade do Rio até esta quinta-feira (28). Entre elas, profissionais da saúde, idosos e deficientes em instituições de longa permanência, indígenas e quilombolas. “Essa é uma vacina que a principal função dela é evitar internação e evitar óbito. A gente, obviamente, tem que preferir vacinar pessoas com mais de 80 anos e vacinar pessoas que tenham qualquer tipo de comorbidade. Essa é a estratégia da secretaria”, lembrou. À medida em que novas doses da vacina sejam entregues, o público da campanha será ampliado. 

     

    Sobre a denúncia de que doses estariam sendo descartadas em locais de vacinação, ele explicou que “em algumas unidades abriram essas doses no fim do dia e não tinha pacientes pra serem vacinados. Então, essas doses foram aplicadas em profissionais de saúde ou outras pessoas com mais de 60 anos. Nossa recomendação é que se faça isso pra não perder dose, pra não perder vacina. Isso tem que ser uma exceção e tem que ficar muito bem documentado. A nossa recomendação é que se abra frascos de unidose da Coronavac pra evitar que a gente tenha que utilizar doses fora do grupo”. Cada frasco do imunizante de Oxford vem com dez doses. Enquanto os da vacina produzida no Butantan vem com apenas uma.

    Sobre as denúncias de fura-filas da vacina, Soranz disse que nenhuma foi confirmada até o momento.

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