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    Rio de Janeiro teve 115 mortes por Influenza desde início da epidemia

    Mês de aceleração de contágios, dezembro registrou 111 óbitos: duas vezes e meia mais do que os provocados por Covid-19

    Stéfano Sallesda CNN , Rio de Janeiro

    Desde o início da epidemia de Influenza no Rio de Janeiro, em novembro, 115 pessoas morreram, com agravamento dos quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os números da plataforma da Secretaria Municipal de Saúde, com já com os números fechados do ano de 2021, mostram que a doença apresentou aceleração em dezembro.

    Se, em novembro, foram quatro mortes provocadas pela gripe, no último mês do ano, os vírus da Influenza foram responsáveis por 111 óbitos na cidade. No mesmo período, dezembro, 44 pessoas morreram de Covid-19 na capital do estado, duas vezes e meia menos.

    Apesar do fato, a SMS não considera mais que o Rio de Janeiro enfrente uma epidemia de Influenza A. Na cidade, o episódio foi proporcionado pela disseminação da linhagem H3N2, conhecida também como cepa de Darwin, originária da Austrália.

    Segundo a SMS, os casos de gripe nas últimas semanas reduziram consideravelmente. Na última semana, a queda de pacientes que buscaram assistência nas redes de urgência e emergência foi 75% em relação ao início de dezembro.

    Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo entende que a cidade enfrenta um momento comum nas epidemias.

    “Nós temos primeiro um surto, com números grandes, uma alta taxa de ataque do vírus. O número de casos começa então a cair, semana a semana. Aqui no Rio, já está em uma descendente. É provável que eles se estiquem um pouco mais e tenhamos casos até, pelo menos, o fim de janeiro”, avalia o especialista.

    Nós temos primeiro um surto, com números grandes, uma alta taxa de ataque do vírus. O número de casos começa então a cair, semana a semana. Aqui no Rio, já está em uma descendente. É provável que eles se estiquem um pouco mais e tenhamos casos até, pelo menos, o fim de janeiro.

    Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia

    Na cidade, a campanha de vacinação contra a gripe foi encerrada na segunda-feira (3), devido ao fim dos estoques. Segundo o município, 2,9 milhões de doses foram aplicadas no período. A previsão é que a campanha de 2022 seja iniciada em abril, com uma nova versão do imunizante. Ela já será capaz de prevenir a cepa que originou a epidemia na cidade.

    Enquanto tenta controlar a Influenza, o Rio de Janeiro lida com o avanço da variante Ômicron do novo coronavírus. A cidade tem dois casos confirmados, ambos importados. O segundo foi anunciado na tarde de segunda-feira (3), pela SMS: uma brasileira de 23 anos, moradora de Nova Iorque, que chegou ao Brasil em 17 de dezembro.

    A amostra foi sequenciada pela Fundação Oswaldo Cruz. A paciente já tinha tomado duas doses da vacina da Moderna contra a Covid-19, a segunda delas, há mais de seis meses, e não apresenta mais sintomas.

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