Rio de Janeiro registra primeiro caso de Febre Oropouche
Homem de 42 anos que testou positivo tem histórico de viagem ao Amazonas, que emitiu alerta epidemiológico
O Rio de Janeiro registrou o primeiro caso de uma infecção por Febre Oropouche. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29) após a confirmação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ).
O caso é de um homem de 42 anos que mora no bairro Humaitá, na zona sul da capital fluminense. De acordo com a SES, o homem tem histórico de viagem ao Amazonas e segue sob investigação epidemiológica pela equipe de vigilância sanitária da cidade.
O Amazonas registrou aumento de casos e emitiu um alerta epidemiológico para detecção da doença na última terça-feira (27).
Conforme divulgado pela SES, o diagnóstico foi confirmado pelo Instituto Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) através de exame laboratorial (IgM reagente).
Como só foi registrado apenas um caso no estado, ele está sendo considerado como “importado”. Ou seja, o vírus só chegou porque veio de outro lugar – e ainda não há circulação doméstica (transmissão entre moradores).
Segundo Claudia Mello, secretária de estado de Saúde, é importante que as pessoas se atentem aos sintomas – que são parecidos com os da dengue – e informem as viagens recentes à região Norte logo no primeiro atendimento médico. Dessa forma, é possível realizar um diagnóstico preciso mais rápido.
O que é a Febre Oropouche?
A febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do mesmo nome. A transmissão ocorre por mosquitos – como no caso da dengue, mas por outro tipo de mosquito. No caso da Oropouche, a infecção é feita pelo mosquito Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos como maruim.
Os sintomas são similares aos da dengue e duram entre dois e sete dias. São eles: febre, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas, vômitos, dor atrás dos olhos e tontura, além de tosse.