Rio: 80 mil adolescentes estão com a 2ª dose contra a Covid-19 em atraso na cidade
Prefeitura do Rio afirma que não recebe imunizantes da Pfizer desde abril; Ministério da Saúde diz que já distribuiu mais de 210,7 milhões de doses do imunizante no país
Enquanto a vacinação de reforço contra a Covid-19 para os adolescentes começa a ser aplicada na cidade do Rio de Janeiro, 80 mil jovens entre 12 e 17 anos ainda estão com a segunda dose contra a doença atrasada.
A capital fluminense enfrenta falta de doses da vacina da Pfizer, o que dificulta a conclusão do esquema vacinal primário dos adolescentes que tomaram a primeira dose do imunizante. A intercambialidade de vacinas não está liberada para essa faixa etária.
As informações foram confirmadas pelo secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado. Segundo ele, a última remessa da Pfizer enviada pelo Ministério da Saúde, com 52 mil doses, chegou no dia 6 de maio.
“A preocupação é grande também com relação a outros grupos, que precisam tomar esse imunizante, como as gestantes. A gente até tentou priorizar esses grupos na aplicação, mas agora não tem mais: acabou a Pfizer. Só temos a versão pediátrica”, explicou Prado.
A Secretaria Municipal de Saúde também informou sobre o desabastecimento da vacina da Pfizer em nota.
“Apesar de reiteradas solicitações feitas pela Secretaria Municipal de Saúde ao Ministério da Saúde, o Município do Rio não recebeu aporte da Pfizer adulto (para uso em pessoas de 12 anos ou mais) e está no momento desabastecido dessa vacina. As vacinas disponíveis disponíveis no momento são as da AstraZeneca, Coronavac e Janssen, respeitando as indicações e preferências para cada faixa etária ou fase da vacinação”, diz a secretaria.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que já distribuiu mais de 210,7 milhões de doses da Pfizer para todos os estados e Distrito Federal. “Destas, de acordo com registros dos estados e municípios, 179 milhões foram aplicadas. Nos próximos dias, novas doses dos imunizantes serão distribuídas para todo o país”, diz a pasta.
A recomendação para ampliação da campanha contra a doença foi publicada pelo Ministério da Saúde na semana passada e a prioridade seria, segundo o governo federal, para uso do imunizante da vacina da Pfizer. A opção, se não houver disponibilidade, é pela aplicação da Coronavac.
Aumento de casos
Em conversa com a CNN, antes da entrevista à imprensa marcada para esta quinta-feira, Prado confirmou um aumento no número de casos de coronavírus na cidade. No entanto, ele afirma que o número de mortes não acompanhou esse crescimento e que a rede de saúde está preparada para atender a demanda.
“Houve um reforço de profissionais em unidades que tiveram maior procura. E existe um plano de contingência pronto para o caso de um novo pico de contágio”, revela Prado.
Ainda de acordo com o secretário, nesse momento, o comitê científico que orienta a prefeitura do Rio nos assuntos relacionados à Covid-19 não fez a recomendação de aumento das medidas restritivas. Por isso, uma mudança nas regras, como o retorno da obrigatoriedade do uso de máscaras, está descartada a princípio.
(Com informações de Iuri Corsini, da CNN)
Cuidados básicos ajudam a prevenir a Covid-19
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