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    Ressonância magnética: entenda riscos, efeitos colaterais e contraindicações

    Exame de imagem é comum entre pacientes diversos; à CNN especialista explica mais sobre o procedimento

    Nicoly Bastosda CNN*

    Um caso de morte durante um exame de ressonância magnética acendeu alerta neste sábado (26). O empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, morreu durante o procedimento realizado na cabeça em uma clínica em Santos, no litoral paulista, na tarde da última terça-feira (22).

    À CNN, a viúva de Fábio e comerciante, Sabrina Altenburg Penna, afirmou que o marido sofreu uma parada cardiorrespiratória na sala do exame. A ressonância magnética (RM) é um tipo de exame de imagem cada vez mais utilizado nos dias de hoje.

    “Ela funciona à base de grandes ímãs que criam um campo magnético, permitindo formar imagens bem detalhadas do corpo humano. É diferente da tomografia, por exemplo, que usa radiação ionizante. A ressonância usa de ondas eletromagnéticas”, explicou Douglas Racy, chefe de Radiologia e Diagnóstico por Imagem da Beneficência Portuguesa de São Paulo, à CNN.

    Apesar de amplamente recomendada pelos médicos em hospitais e clínicas, o exame pode levantar algumas dúvidas, como se ele oferece riscos, possui contraindicações e efeitos colaterais.

    Quais os riscos de uma ressonância magnética?

    Em conversa com a CNN, o clínico geral Marcelo Bechara explica que a ressonância magnética é um exame “extremamente seguro”, mas que assim como todo procedimento, pode oferecer riscos se não for bem executado.

    “O pior deles seria a interferência com dispositivo metálico, por conta do campo magnético. Essas interferências podem ocorrer com dispositivos como marca-passo e implantes cocleares”. Douglas Racy ainda atenta para o uso clipes de aneurismas intracranianos, que dependem da marca para saber de podem ser utilizados durante o exame.

    De acordo com o especialista, pacientes que apresentem claustrofobia, ou seja, medo irracional de ambientes fechados, também podem “sofrer” com o exame, que ocorre em ambiente fechado. Outra reação pode acontecer referente ao contraste. Mesmo assim, o médico aponta que é difícil pacientes apresentarem reação alérgica à substância.

    A sedação, se não administrada da forma e nas doses corretas, também pode vir a ser um problema.

    Contraindicações

    Marcelo Bechara e Douglas Racy elencam algumas contraindicações do exame:

    • Insuficiência renal – para uso do contraste;
    • Alergia ao agente paramagnético gadolínio, que compõe o contraste;
    • Presença de dispositivos eletrônicos ou metálicos incompatíveis;
    • Implantes metálicos não certificados para ressonância;
    • Gravidez no primeiro trimestre;
    • Claustrofobia severa sem sedação.

    Efeitos colaterais

    Os profissionais também apresentam alguns possíveis efeitos colaterais. São eles:

    • Desconforto e ansiedade extrema em ambientes fechados;
    • Reação alérgica leve ao contraste;
    • Fibrose sistêmica no rim.

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    *Com informações de Juliana Bernardino, da CNN

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