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    Remédio 3 em 1 reduz o risco de problemas cardiovasculares, diz estudo

    Pesquisa aponta benefícios de polipílula com aspirina, ramipril e atorvastatina para a saúde do coração

    Pawel Czerwinski/Unsplash

    Naomi Thomasda CNN

    Pacientes mais velhos com doenças cardíacas que tomaram uma combinação de “polipílula” composta por três medicamentos diferentes tiveram um risco menor de eventos cardiovasculares relevantes, de acordo com um novo estudo publicado sexta-feira (26) no New England Journal of Medicine e apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, na Espanha.

    Os autores do estudo, liderados pelo pesquisador Valentin Fuster, diretor do Mount Sinai Heart em Nova York e diretor-geral do Centro Nacional Espanhol de Pesquisa Cardiovascular, analisaram 2.499 pacientes em sete países europeus que tinham histórico de infarto do miocárdio tipo 1 nos últimos seis meses e tinham mais de 75 anos ou idade mínima de 65 anos com pelo menos um fator de risco, como diabetes ou disfunção renal leve ou moderada.

    Metade dos pacientes recebeu a polipílula que continha aspirina, ramipril e atorvastatina, enquanto outros receberam o padrão usual de atendimento. Os pacientes foram acompanhados por uma mediana de três anos.

    Os pesquisadores identificaram 48 mortes cardiovasculares no grupo da polipílula e 71 no grupo de cuidados habituais, o que significa que os pacientes que tomaram o medicamento tiveram uma redução de risco relativo de 33% para morte cardiovascular. A polipílula também foi favorável em outras medidas estudadas no estudo, como acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto do miocárdio.

    A polipílula e o ensaio são frutos de 15 anos de trabalho, disse Fuster. Ele e seus colegas afirmam que um dos principais problemas da medicina é a falta de adesão às medicações, principalmente no campo cardiovascular e mais especificamente em pacientes com ataque cardíaco.

    A American Heart Association lista os medicamentos prescritos como uma das primeiras coisas que as pessoas podem fazer para evitar um segundo ataque cardíaco.

    “Parece que temos um tremendo tipo de ferramenta, que é uma pílula simples, que na verdade é significativamente melhor”, disse Fuster. “Provavelmente, a maior parte do motivo é por causa da melhor adesão, porque é uma droga simples, com resultados excelentes e o impacto é tão bom ou até melhor do que a aspirina no passado”.

    Ele disse que era notável que as duas curvas – aquelas que tomaram uma polipílula e aquelas que receberam tratamento padrão – se separaram desde o início e continuaram a se separar com o passar dos anos, o que significa que há uma sensação de que, se o estudo se estendesse, haveria resultados “ainda mais impressionantes”.

    Fuster disse que a polipílula é algo que pode ter um impacto “muito significativo” na população em geral.

    De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, alguém tem um ataque cardíaco a cada 40 segundos no país. Há cerca de 805 mil ataques cardíacos nos EUA todos os anos – 200 mil deles acontecendo com pessoas que já tiveram um primeiro.

    Existem algumas limitações na pesquisa, incluindo que o estudo não foi realizado de maneira “cega” e todos os pacientes foram inscritos antes da pandemia de Covid-19.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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