Remdesivir tem resultados positivos, mas requer mais estudos, diz infectologista
Especialista avaliou o medicamento que é a nova aposta contra COVID-19 e falou sobre infecção de bebês


O infectologista, Marcos Otsuka, falou, à CNN, nesta quinta-feira (30), sobre o remdesivir, uma medicação que tem sido aposta para auxiliar no combate ao novo coronavírus. Ele também repercutiu a infecção da doença em bebês.
Segundo o médico, os primeiros resultados apresentados nas pesquisas foram positivos, mas ele alertou sobre a necessidade de mais estudos. “O Remdesivir pulou uma etapa, pois ele já tinha sido testado com o ebola. Isso facilitou um pouco o teste mais rápido com a medicação”, disse.
“Os estudos que temos são bem feitos e a ideia foi investigar o desfecho da evolução e a melhora clínica. Nenhum dos dados são, estatisticamente, significantes ainda. Requer mais estudos”, explica.
O especialista também avaliou o risco da doença para crianças. O Ceará já registrou 65 bebês de até um ano infectados pela COVID-19. “Risco menor não significa isenção de doença. A gente sabe que a doença acomete todas as faixas etárias”, ponderou.
“O que muda é que a gravidade da doença em crianças é muito menor do que em adultos. Isso não significa que não possa ter a doença nesta faixa etária. É um grupo que tem bastante manifestação clínica, mas o risco é muito menor.”, concluiu.