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    Relações Exteriores tenta liberar 2 milhões de doses de vacina contra a Covid-19

    Pasta foi acionada após a Índia anunciar, neste domingo (3), que irá restringir a exportação do imunizante até pelo menos o mês de março

    Vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford contra o novo coronavírus
    Vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford contra o novo coronavírus Foto: Dado Ruvic/Reuters

    Leandro Resendeda CNN

    O Ministério das Relações Exteriores entrou em campo para ajudar a Fiocruz a importar 2 milhões de doses extras da vacina contra Covid-19 produzida pela Aztrazeneca e pela Universidade de Oxford. A pasta foi acionada após a Índia anunciar, neste domingo (3), que irá restringir a exportação do imunizante até pelo menos o mês de março. 

    A instituição brasileira produz a vacina, mas só tem condições de entregar o primeiro lote em fevereiro. Para acelerar a imunização dos brasileiros ainda neste mês, a Fiocruz anunciou acordo para trazer as doses já prontas, feitas no Instituto Serum.

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    A busca por uma saída diplomática é vista por integrantes da Fiocruz como um processo normal, porque, por enquanto, não há indicativo oficial de que a Índia não enviará as doses para o Brasil. 

    A aposta da instituição é em cooperações internacionais anteriores feitas com o Instituto Serum, que é parceiro do consórcio Covax, acordo global para garantir vacinas para todos os países do mundo.

    Não está claro, para integrantes da Fiocruz, qual será o impacto que as restrições terão sobre os acordos do instituto indiano sobre a vacina; se vale apenas para novas vendas (tese de integrantes da Fiocruz) ou se vale para doses que já estavam reservadas para serem distribuídas. 

    Na semana passada, no dia 29, o CEO da Aztrazeneca, Pascal Soriot, garantiu durante uma reunião com a Fiocruz e o Ministério da Saúde que o Brasil receberia essas 2 milhões de doses extras da vacina.

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    Na reunião do dia 29 participaram, além dos representantes da Astrazeneca, membros da Fiocruz e da área técnica do Ministério da Saúde. 

    Após o encontro, o secretário-executivo da pasta Élcio Franco enviou e-mail solicitando que a empresa especificasse qual o cronograma de entrega da vacina, o preço e “aspectos de refrigeração e outras condições especiais para transporte”. Na mensagem, o representante do MS agradece a oferta de doses. 

    “Essas doses possibilitarão dar início à imunização da população brasileira, cumprindo o Plano Nacional Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.”

    Nota do Itamaraty

    As autoridades sanitárias de Brasil e Índia estão em contato para viabilizar a importação da vacina desenvolvida pela parceria AstraZeneca/Universidade de Oxford, fabricada pelo Serum Institute of India (SII).

    Como ocorreu em outras ocasiões, a Embaixada do Brasil em Nova Delhi está facilitando o diálogo entre as partes para a pronta conclusão das negociações.