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    Reinfecção por Covid-19 pode ser mais agressiva mesmo sem variantes, diz estudo

    Pessoas que tiveram infecção anterior podem não desenvolver imunidade; reinfecção gera resposta inflamatória mais intensa e sintomática

    Iuri Corsini e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro

    As pessoas assintomáticas e as que apresentaram sintomas leves ou moderados de Covid-19 correm risco de reinfecção pela doença, mesmo que não tenham sido contaminadas por uma das variantes de preocupação, como a amazônica P1, além das cepas de Reino Unido e África do Sul. Nestes casos, o segundo contágio provoca uma resposta corporal inflamatória mais intensa e com sintomas mais fortes.

    É o que mostra um estudo recém publicado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa (IDOR). O trabalho usou exemplos de reinfecções ocorridas no estado do Rio de Janeiro, que mostraram que pacientes desenvolveram sintomas mais agudos em relação à primeira infecção, mesmo não tendo sido contaminados com algumas das variantes de risco.

    De acordo com um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, Fernando Bozza, que atua na Fiocruz e no IDOR, esse risco de reinfecção em relação às novas variantes é maior, mas o foco do estudo, que não abordou essas cepas, focou nos casos de infecção por cepas não variantes, algo novo até então. O dado preocupa, pois derruba a ideia de que a reinfecção só ocorre devido às novas variantes como a P.1, a B.1.1.9 (originado no Reino Unido) e a B.1351 (de origem na África do Sul).

    Conforme Bozza, o dado reforça ainda mais a necessidade de manutenção das medidas de contenção do vírus, tais como isolamento social, redução de circulação de pessoas, uso de máscaras, higienização.

    Cientista faz estudos de vacinas contra as novas cepas do coronavírus
    Segundo contágio por Covid-19 provoca resposta corporal inflamatória mais intensa e com sintomas mais fortes
    Foto: CNN

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