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    Reinfecção não é comum, mas momento exige cuidados, diz infectologista

    Em entrevista à CNN, a infectologista Anna Sara Levin explica caso de reinfecção por novo coronavírus em Hong Kong

    da CNN em São Paulo

    A reinfecção pelo novo coronavírus não é comum, mas mesmo quem pegou, deve seguir tomando precauções. Esse é o conselho da infectologista Anna Sara Levin, professora da USP (Universidade de São Paulo) e presidente da Comissão de Infecção Hospitalar do Hospital das Clínicas. 

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (24), Levin comentou a descoberta de um indivíduo que teve a Covid-19 duas vezes em Hong Kong. 

    “É a primeira vez que isso é bem documentado, ninguém tinha conseguido provar. É preciso ter amostras, e recuperar amostras de abril ou março não é fácil. Eles são os primeiros a mostrar, todo mundo desconfiou”, diz ela.

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    Anna Sara Levin
    Anna Sara Levin, presidente da Comissão de Infecção Hospitalar do HC
    Foto: CNN (24.ago.2020)

    A médica explica que os cientistas de Hong Kong sequenciaram o genoma do novo coronavírus naquele paciente, notando que, apesar de se tratar do mesmo vírus, havia pequenas diferenças.

    Levin faz uma ressalva, no entanto. “Quero pontuar que são casos leves, este paciente de Hong Kong nem teve sintomas da segunda vez. Essa deve ser uma coisa mais ou menos rara, vemos [a reinfecção em] um punhado de gente em todo o mundo, se não fosse, a gente veria muito mais casos. Essas são coisas que a gente tem que lembrar antes de fazer pânico”. 

    Apesar da reinfecção ser pouco comum, não é motivo para que quem já se recuperou da doença deixe de tomar os cuidados necessários. “Mesmo que você já tenha tido a Covid, não pode ficar superconfiante”, diz. 

    Ela cita que três medidas são realmente importantes, dentre todas com as quais a população se preocupa. “A higiene das mãos para não tocar algo contaminado e depois tocar o rosto, usar a máscara para não passar [a doença] para ninguém e manter distância”, orienta. “Todo o resto é, comparativamente, muito pouco importante. A transmissão é de uma pessoa para outra”.