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    Registros de mortes por COVID-19 levam até um mês para serem confirmados

    Segundo relatório desta segunda-feira (27), Ministério da Saúde só recebeu nas últimas 24 horas confirmações referentes à casos ocorridos no final de março

    Divulgadas diariamente pelo Ministério da Saúde, o boletim com a atualização dos casos e mortes decorrentes da COVID-19 não contempla apenas as ocorrências das 24 horas anteriores, mas sim as que foram registradas nesse espaço de tempo. O sistema é abastecido pelas secretarias estaduais de Saúde. 

    A informação sobre a diferença entre a data da morte e a de contagem do óbito foi apresentada em um boletim epidemiológico divulgado pelo ministério nesta segunda-feira (27).

    O relatório traz um gráfico dos óbitos diários, até o último sábado (25), e sinaliza que alguns deles só foram reportados como provocados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Um deles era de 29 de março, quase um mês atrás. Os demais recém-certificados diziam respeito a vidas perdidas ao longo de 22 dias.

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    A equipe do ministério comentou o dado, em entrevista coletiva nesta segunda, para reforçar o fato de que o número de mortes atualizado diariamente não corresponde ao de pessoas falecidas entre um dia e outro. Significa apenas que o motivo da morte foi confirmado nesse intervalo.

    “São óbitos que ocorreram em momentos distintos. São óbitos que ocorreram em dias anteriores e foram plotados agora. Não quer dizer que os 388 (total de mortes reportadas nesta segunda-feira) ocorreram de ontem para hoje”, explicou o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira.

    Conforme os dados mais atuais do ministério, há 1.136 mortes sob investigação. Trata-se de pessoas que faleceram, em datas variadas, com sintomas semelhantes aos da covid-19 e para as quais não houve ainda a conclusão de exames. Entre elas, pode haver ou não casos de mortes causadas pelo novo coronavírus.

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