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    Redução do intervalo para dose de reforço da vacina contra Covid-19 é estratégica

    No quadro Correspondente Médico, Fernando Gomes fala sobre a importância da dose adicional dos imunizantes contra o coronavírus

    Fabrizio Neitzkeda CNN

    Em São Paulo

    Na edição desta sexta-feira (3) do quadro Correspondente Médico, no Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes fala sobre a redução do intervalo da aplicação na dose de reforço das vacinas contra a Covid-19, que passou de cinco para quatro meses no estado de São Paulo e em Recife (PE).

    A nova regra deve, só em dezembro, antecipar a vacinação de 10 milhões de pessoas que já haviam sido imunizadas entre julho e agosto e é valida para quem tomou duas doses da Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer. Já no caso da Janssen, a dose adicional estará disponível a partir de dois meses – em caso de ausência da marca, a vacina da Pfizer poderá ser administrada.

    Segundo Gomes, a medida tem fundamentação teórica em virtude da queda na proteção do sistema imunológico contra o vírus. “Se você tem insumo suficiente para conseguir oferecer isso para o maior número de pessoas possível, faz sentido essa redução, que não é tão drástica, mas é extremamente estratégica.”

    “Se sabemos que existe a tendência de decaimento da resposta imunológica, principalmente no que se refere aos anticorpos, teremos um cenário favorável para um momento em que temos uma nova variante circulando e em que existe uma tendência de que as pessoas fiquem mais juntas nas festas de fim de ano”, completou.

    Em meio à preocupação com a chegada da variante Ômicron, o neurocirurgião elogiou a postura de cidades que anunciaram o cancelamento das festas de Réveillon pelo país, como forma de prevenção a uma nova onda de casos.

    “A gente sabe que existe um esforço conjunto, com algumas capitais afirmando que não vão patrocinar essas aglomerações, o que é uma medida não farmacológica. A medida farmacológica e preventiva é adiantar um pouco a dose de reforço da vacinação.”

    “Oferecer um reforço agora, em um momento que, estrategicamente, a gente sabe que tem uma vulnerabilidade maior, faz todo sentido”, disse.

    Gomes também defendeu a segurança das vacinas contra a Covid-19, mesmo com a aplicação de três doses em menos de um ano. Para o médico, os índices apresentados até agora são positivos.

    “A gente só está aprendendo o comportamento biológico do vírus na prática. Para isso, não tem jeito. Precisamos de tempo de observação, coleta de dados e análise desses dados.”

    “Conforme os trabalhos vão saindo e trazendo informação, vemos na prática o que está acontecendo. Muitas pessoas estão recebendo a vacina, aos milhares ao redor do mundo, e as complicações não são expressivas. Tomar a vacina é seguro dentro do protocolo científico.”