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    Reabertura da pandemia deu condições para aumento de dengue, explica especialista

    Boletim do Ministério da Saúde publicado nesta semana apontou que somente um quarto das cidades do Brasil não registrou caso de dengue em 2023

    CNN

    A reabertura da pandemia de Covid-19 ajudou a dar condições para um aumento nos casos de doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, como a dengue, explicou uma especialista.

    Um boletim do Ministério da Saúde publicado nesta semana apontou que somente um quarto das cidades do Brasil não registrou caso de dengue em 2023.

    Até então, houve alta de 43% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o boletim, 183 pessoas morreram pela dengue no país neste ano. Ainda há outros 234 óbitos em investigação.

    Em entrevista à CNN, a infectologista e epidemiologista Luana Araújo disse que durante a pandemia, com as pessoas ficando mais dentro de casa, houve um aumento no cuidado com o ambiente e seu entorno.

    “Sabemos que o mosquito não viaja longe. Ele nasce naquela vizinhança e fica ali. Se as pessoas ficaram mais dentro de casa, elas evitaram mais a questão do acúmulo de água, cuidaram mais do seu lixo”, afirmou.

    Ela explicou que, com o retorno do aumento de circulação de pessoas, aliado à diminuição das comunicações oficiais sobre os riscos dessas doenças, geraram um ambiente mais propício para o desenvolvimento do vetor.

    “Junta-se a isso uma alta incidência de chuvas em boa parte do país e subsequente calor. É tudo que o mosquito precisa. Ele coloca os ovos na água parada, eles eclodem, vem o sol e matura os mosquitos, que ficam prontos de novo para atacar”, complementou.

    Para a infectologista, o crescimento nos casos de dengue é “uma situação de emergência e importância”. “Precisamos trazer as pessoas todas e lembrar os mecanismos para enfrentar essas epidemias triplas”, concluiu.

    Conheça a diferença entre os sintomas de dengue e de chikungunya

    Em entrevista à CNN Rádio, o infectologista Kleber Luz destacou as diferenças de sintomas entre as infecções causadas pelo mosquito.

    “Chikungunya traz febre e comprometimento das juntas, que ficam inchadas e com dor intensa, incapacitante”, disse.

    A dengue também traz febre, mas “a dor é no músculo, sem inchaço, e com a chamada febre ‘quebra-ossos.”

    “Casos graves de dengue podem causar queda da pressão arterial, que evoluem para a morte”, completou.

    (Publicado por Léo Lopes. Produzido por Rafael Saldanha, sob supervisão de Layane Serrano, da CNN.)

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