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    Queremos disponibilizar vacina nasal contra a Covid-19 em um ano, diz pesquisador

    À CNN Rádio, Marco Antonio Stephano, que integra a equipe de pesquisa, afirmou que o imunizante pode ser importante para ajudar a interromper a transmissão do vírus

    Amanda Garcia

    Desde 2020, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo, estuda uma vacina de spray nasal contra a Covid-19.

    “Nosso esforço é para daqui um ano [disponibilizá-la], neste intervalo poderemos ter esse antígeno testados em seres humanos”, contou o pesquisador Marco Antonio Stephano, que participa da equipe da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, em entrevista à CNN Rádio.

    O cientista destacou que a cada 6 meses temos visto uma nova variante e “isso tem preocupado muito”: “O vírus não vai embora tão cedo vacinas injetáveis têm sido eficientes, mas a gente precisa parar a transmissão.”

    A “intenção é levar a vacina para o SUS”: “O desenho de produção está pronto, mas evidentemente não conseguimos produzir em larga escala ainda porque não há laboratório pronto para isso.”

    A tecnologia de vacinas injetáveis, segundo explicou Stephano, é aplicada com sucesso nos Estados Unidos e países europeus, contra o vírus da gripe.

    “Ela funciona estimulando as células do sistema imunológico da cavidade nasal, que nos protegem contra poeira, bactérias da rua e de certa maneira do coronavírus, a vacina utiliza essa barreira para desenvolver anticorpos contra a Covid.”

    Neste momento, o “mais importante é que fechamos a porta de entrada do vírus”: “Não teria a causa da doença e interromperia a transmissão, porque justamente a porta de entrada estaria protegida e impedem o desenvolvimento da doença.”

    No final de 2021, os pesquisadores entraram com pedido de testes clínicos em seres humanos junto à Anvisa, que fez questionamentos sobre a eficácia contra as variantes do coronavírus, como a Delta e a Ômicron.

    Dessa forma, a fórmula voltou para o laboratório para continuar os testes e avaliar a eficácia para neutralizar as diferentes cepas do coronavírus.

    “Temos visto que os anticorpos são duradouros, tanto na circulação, como na cavidade nasal”, contou.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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