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    Quanta atividade física é necessária para evitar derrame? Novo estudo responde

    Pesquisadores avaliaram os efeitos de diferentes níveis de esforço físico no risco de sofrer um acidente vascular cerebral

    Mesmo atividades físicas leves podem reduzir o risco de ter AVC, segundo pesquisa
    Mesmo atividades físicas leves podem reduzir o risco de ter AVC, segundo pesquisa FG Trade/GettyImages

    Gabriela Maraccinida CNN

    Pequenas quantidades de atividade física por dia, como jardinagem, subir escadas e fazer caminhadas, já são suficientes para reduzir o risco de derrame, segundo pesquisa publicada na terça-feira (5). A descoberta está alinhada com as diretrizes da OMS (Organização Mundial da Saúde) que indica que praticar alguma atividade física, por menor que seja, é melhor para a saúde do que manter um comportamento sedentário.

    O estudo, publicado no BMJ Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, foi realizado a partir de uma meta-análise de 15 artigos sobre “atividade física no lazer”, um termo genérico para qualquer atividade física. Com isso, foram incluídas atividades como jardinagem, caminhada, ciclismo e levantamento de peso.

    De acordo com os pesquisadores, quem praticava uma atividade física qualquer, independente da intensidade, tinha um risco de 10% a 30% menor de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) em comparação com pessoas que não praticavam qualquer atividade.

    O estudo também analisou os resultados para os diferentes tipos de AVC (isquêmico ou hemorrágico). Para o primeiro tipo, os pesquisadores descobriram que as pessoas que realizaram baixos níveis de atividade física tiveram uma redução de 13% no risco de ter um derrame. Já para o AVC hemorrágico, o risco foi 16% menor.

    O tipo isquêmico, mais comum, é caracterizado por uma obstrução de um vaso sanguíneo, dificultando o fluxo de sangue par ao cérebro. Já o AVC hemorrágico, menos comum, ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe e começa a sangrar no cérebro.

    Os 15 estudos analisados pelos pesquisadores incluíram mais de 750 mil participantes, acompanhados por um tempo médio de 10 anos. Cada estudo usou classificações diferentes para o nível de atividade física realizada, que variaram desde “nenhuma”, passando por “moderada”, e chegando até “ideal” ou “intensa”.

    Níveis mais altos de atividade física estavam relacionados a um risco ainda mais reduzido de AVC. De acordo com a análise, os participantes que realizavam atividade física moderada reduziram o risco de ter derrame em 33%.

    No entanto, o estudo descobriu que níveis “intensos” de atividade física não pareciam reduzir tanto o risco de AVC em comparação com o nível “moderado”. Em dois dos estudos analisados, a atividade física intensa reduziu em apenas 2% o risco de derrame, em comparação com quem praticava nenhuma atividade física.

    A OMS recomenda que sejam feitos, pelo menos, 150 a 300 minutos de atividade física moderada ou intensa por semana, para adultos, além de uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes.

    O sedentarismo está associado a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, obesidade e problemas musculares, podendo afetar a qualidade de vida de adultos, crianças e adolescentes.