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    Quem vai receber a vacina contra a Covid-19 primeiro quando ela for aprovada?

    Enquanto os laboratórios correm para aprovar uma vacina que imunize contra a Covid-19, já surgem dúvidas sobre como será a distribuição daquela que for aprovada

    Karla Chaves e Luana Franzão

    Da CNN, em São Paulo

    Desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, uma possível vacina contra a doença se tornou a principal expectativa.

    Atualmente existem por volta de seis vacinas em fase final de testagem e pelo menos três delas já estão sendo testadas no Brasil.

    Por enquanto, a espera é por uma vacina que tenha sua eficácia confirmada e imunize os receptores contra a Covid-19.

    Entretanto, ainda se sabe pouco sobre o que acontecerá assim que uma das candidatas receba a aprovação e seja disponibilizada para a população. Como acontecerá a imunização? Quem receberá a vacina primeiro?

    Para esclarecer essa e outras questões sobre o combate ao novo coronavírus, a repórter Karla Chaves conversou com Gustavo Cabral, imunologista que está em pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra o SARS-CoV-2.

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    Segundo ele, os profissionais da saúde serão os primeiros a receberem a vacina. Nessa categoria entram, além de médicos e enfermeiros, profissionais como fisioterapeutas, nutricionistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, equipes de limpeza e demais equipes que trabalham nos hospitais.

    “Os profissionais da saúde, com certeza. São as pessoas que estão mais susceptíveis”, confirma o cientista.

    O caso brasileiro

    Pessoas nas ruas com e sem máscaras
    O Brasil possui uma transmissão muito rápida da Covid-19 e urgência na imunização
    Foto: Bruno Cecim/Ag. Pará

    Cabral destaca que o caso do Brasil é grave e precisa de agilidade na imunização da população. 

    Por aqui, a doença possui uma taxa de transmissão muito alta. Esse número Brasil chegava a 1,08, ou seja, cada 100 pessoas infectadas pela Covid-19 poderiam infectar até 108 pessoas. Para que a epidemia local possa ser considerada controlada, esse número deveria ser menor do que 1. 

    “O vírus se propagou e continua se propagando tão rápido, que teremos que trabalhar para levar a vacina para a população rapidamente”, disse Gustavo Cabral.

    Ele ainda completa: “No Brasil, nós tivemos um pequeno grande problema nessa pandemia. Geralmente, a propagação do vírus atinge um pico e cai. Nós chegamos no pico e nos mantivemos lá. Então temos que pensar nessa vacina para população em geral, não tem outro jeito”.