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    Psoríase: o que é, quais são os sintomas, tratamentos e prevenção

    Dia Mundial da Psoríase é lembrado nesta terça-feira (29)

    Caroline Ferreirada CNN

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    O Dia Mundial da Psoríase é lembrado nesta terça-feira (29) como forma de aumentar a conscientização e viabilizar ações em apoio às pessoas diagnosticadas com a doença.

    Conforme dados recentes da Associação Brasileira de Psoríase e Artrite Psoriásica, o país conta com cerca de cinco milhões de pessoas acometidas pela enfermidade que, além de afetar a saúde física, também pode prejudicar a saúde mental.

    Em fevereiro, a cantora Beyoncé revelou sofrer com o diagnóstico desde a infância. “Tenho muitas lembranças ligadas ao meu cabelo. A relação que temos com nossos cabelos é uma jornada profundamente pessoal. Desde passar a infância no salão da minha mãe até meu pai aplicar óleo no couro cabeludo para tratar minha psoríase – esses momentos foram sagrados para mim”, disse em entrevista à revista Essence.

    Além da voz de “Halo”, nomes como Kim Kardashian, Xand Avião, Cyndi Lauper, Cara Delevingne, Cameron Diaz, também já revelaram o diagnóstico. Veja na galeria acima.

    Mas afinal, o que é psoríase?

    À CNN, o dermatologista Victor Bechara, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Professor de Cosmiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que a psoríase trata-se de comorbidade inflamatória crônica de pele não contagiosa.

    Segundo ele, a doença pode acometer também o couro cabeludo, unhas mucosas, assim como em 30% dos casos, as articulações. “Também existe associação de psoríase com doenças cardiometabólicas e gastrointestinais”, conta.

    Os sintomas mais comuns ao diagnóstico de psoríase

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, os sintomas variam de paciente para paciente, diante da gravidade. No entanto, podem incluir:

    • Manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas;
    • Pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas;
    • Pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento;
    • Coceira, queimação e dor;
    • Unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões);
    • Inchaço e rigidez nas articulações; em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades.

    Victor também conta que alguns fatores podem aumentar as chances de um paciente desenvolver a doença. Entre eles: genética (3% dos casos tem histórico familiar), estresse, obesidade, tabagismo e medicações que podem desencadear e agravar o quadro.

    Tipos de psoríase

    “Existem diferentes tipos de apresentação, como acometimento de unhas com descolamento (onicólise), manchas salmão e depressões pontuais nas unhas (pitting ungueal)”, conta Bechara.

    Além disso, outros pacientes também podem apresentar vermelhidão com descamação de toda a superfície corpórea e apresentações clássicas como psoríase eritrodérmica. “O acometimento das articulações pode levar a dor e inflamação das mesmas e incapacitar o diagnosticado”, acrescenta.

    Tratamento e prevenção contra a psoríase

    Bechara também adiciona que a psoríase pode afetar a autoestima e o psiquismo dos pacientes, sendo fundamental lembrar que existe tratamento adequado.

    “Aliás, muitos pacientes precisam de um acompanhamento em conjunto com psicólogo, fundamental para controle também no agravamento da doença”, cita.

    “O dermatologista é o profissional que diagnostica e conduz o tratamento do acometimento cutâneo da doença que consiste além de mudança do estilo de vida com controle de peso, através de atividade física, alimentação e menor consumo de tabaco e álcool; no uso de medicações tópicas, orais como imunomoduladores/imunobiológicos e fototerapia”, conta.

    O melhor caminho para prevenção é estar atento a qualquer um dos sintomas. “Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento”, conclui.

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