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    Proteína C Reativa (PCR): o que é, para que serve e quando fazer o exame

    O exame de PCR pode ajudar no diagnóstico de doenças infecciosas e inflamatórias, além de ser um marcador de risco para doenças cardiovasculares

    O exame de PCR é feito a partir da coleta de amostra de sangue e pode ajudar no diagnóstico de doenças infecciosas e processos inflamatórios
    O exame de PCR é feito a partir da coleta de amostra de sangue e pode ajudar no diagnóstico de doenças infecciosas e processos inflamatórios alvarez/GettyImages

    Gabriela Maraccinida CNN

    Quando um paciente está com um quadro infeccioso ou inflamatório, é comum os médicos solicitarem um exame para avaliar o nível de proteína C reativa (ou PCR) no sangue. Mas, afinal, o que é essa substância e para que serve esse teste?

    A proteína C reativa é uma substância produzida naturalmente pelo fígado e a sua concentração aumenta durante doenças inflamatórias ou infecciosas. Por isso, ela é um marcador fundamental para identificar diferentes condições de saúde.

    “O exame para avaliar o nível de PCR no sangue serve para auxiliar o diagnóstico clínico, monitorar a atividade inflamatória, acompanhar a efetividade do tratamento com antibiótico ou anti-inflamatório e detectar complicações infecciosas pós-operatórias, além de ser um possível indicador prognóstico para doenças coronarianas”, explica Luciana Franco, patologista clínica do Delboni, marca pertencente à Dasa.

    Quando o exame de PCR é indicado?

    O teste PCR pode ser solicitado por um médico ou profissional de saúde suspeitar de um processo inflamatório, infeccioso ou não. “Diversos fenômenos inflamatórios podem aumentar essa substância no sangue, como traumas, fraturas e infecções por vírus, bactérias e fungos”, afirma Álvaro Pulchinelli Júnior, médico patologista clínico.

    Portanto, o exame de PCR pode ser indicado para auxiliar no diagnóstico das seguintes condições:

    • Infecção aguda;
    • Infecção crônica;
    • Acompanhamento pós-operatório;
    • Neoplasias;
    • Doença cardiovascular;
    • Inflamação sistêmica não infecciosa (como artrite reumatoide, lúpus com serosite ou vasculite, politrauma e pancreatite necrotizante).

    “As doenças que podem causar o aumento do nível de PCR no sangue são inúmeras. Qualquer estado inflamatório, seja crônica, aguda ou reumatológica, pode levar a um aumento da proteína C reativa. É um marcado inespecífico”, afirma Pulchinelli Júnior.

    “Por outro lado, é um marcado sensível, ou seja, qualquer alteração pode elevar os níveis e isso facilita muito a identificar quadros que ainda estão se firmando, o que ajuda o médico a determinar o tratamento e o prognóstico da doença”, explica o patologista.

    Como o exame é feito?

    O exame de proteína C reativa pode ser feito a partir da coleta de sangue e não requer preparo prévio do paciente. Os valores de referência utilizados no teste são:

    Indicador de risco cardiovascular:

    • Abaixo de 0,1 mg/dL: risco baixo;
    • De 0,1 e 0,3 mg/dL: risco intermediário;
    • Acima de 0,3 mg/dL: risco aumentado.

    Indicador de processos infecciosos e/ou inflamatórios:

    • De 1,0 e 5,0 mg/dL: infecções virais e processos inflamatórios leves;
    • De 5,1 e 20,0 mg/dL: infecções bacterianas e processos inflamatórios sistêmicos;
    • Acima de 20,0 mg/dL: infecções graves, queimaduras e politraumatismo.

    Como normalizar o nível de proteína C reativa no sangue?

    Para normalizar o nível de proteína C reativa no sangue, é preciso tratar a doença que causou seu aumento. “Com a abordagem terapêutica adequada, os níveis de PCR no sangue podem normalizar”, afirma Franco.

    “Se a causa foi uma doença infecciosa, podem ser usados antibióticos para tratar a enfermidade e, por conseguinte, diminuir os valores de PCR. Se a causa for um trauma muscular, o uso de medicamento anti-inflamatório tratará a inflamação e diminuirá os níveis de PCR. Ou seja, não há uma terapia específica, mas, sim, tratamentos relacionados à doença de base”, complementa Pulchinelli Júnior.