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    Propagação “fenomenal” da Ômicron é responsável por 40% das infecções em Londres

    "É algo que nunca vimos antes, está dobrando a cada dois ou três dias", disse o secretário de Saúde do Reino Unido sobre a onda da variante Ômicron

    Guy FaulconbridgeMichael Holdenda Reuters

    A Grã-Bretanha disse nesta segunda-feira (13) que a variante do coronavírus Ômicron estava se espalhando a uma “taxa fenomenal” e agora respondia por cerca de 40% das infecções em Londres.

    As autoridades do país alertaram também sobre a necessidade de as pessoas receberem uma dose de reforço porque os vacinados com duas doses ainda estão vulneráveis.

    Desde que os primeiros casos de Ômicron foram detectados em 27 de novembro no Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, impôs restrições mais duras. O premiê disse no domingo (12) que uma “onda gigante” de Ômicron estava chegando.

    A Grã-Bretanha afirma que, a menos que sejam tomadas medidas, pode haver um milhão de pessoas infectadas com Ômicron até o final do mês.

    “Está se espalhando a uma taxa fenomenal, algo que nunca vimos antes, está dobrando a cada dois ou três dias”, disse o secretário de Saúde, Sajid Javid, ao canal de televisão Sky News.

    “Isso significa que estamos enfrentando uma onda de infecção, estamos mais uma vez em uma corrida entre a vacina e o vírus.”

    A libra caiu 0,4%, para US$ 1,3225, enquanto se manteve estável em relação ao euro, em 85,29 pence, o centavo britânico.

    Johnson, que está lutando contra uma rebelião em seu partido sobre medidas para conter a Ômicron e um protesto sobre supostas festas em seu escritório em Downing Street durante os bloqueios do ano passado, disse que as pessoas deveriam se apressar para obter vacinas de reforço para proteger “nossas liberdades e nosso modo de vida ”

    Depois que a Covid-19 foi detectada pela primeira vez na China, no final de 2019, ele enfrentou críticas por inicialmente resistir ao bloqueio.

    Ele também foi criticado por supervisionar erros na transferência de pacientes para asilos e por construir um sistema caro de teste e rastreamento que não conseguiu impedir uma segunda onda mortal.

    Johnson disse repetidamente que, embora erros tenham sido cometidos, o governo estava tomando decisões no ritmo da maior crise de saúde pública em gerações, e que seu governo foi rápido em lançar as vacinas.

    Em todo o mundo, a Covid matou 5,3 milhões de pessoas, eliminou trilhões de dólares em produção econômica e virou a vida normal de cabeça para baixo para muitos. No Reino Unido, mais de 146 mil pessoas morreram da doença.

    1 milhão de doses de reforço por dia

    Javid disse que a variante Ômicron, com sua rápida disseminação, pode significar que o serviço de saúde fique sobrecarregado, a menos que o governo aja, mesmo que ainda estejam confirmados apenas dez casos no país e uma morte, anunciada na manhã desta segunda (13).

    “Duas doses não são suficientes, mas três doses ainda fornecem excelente proteção contra infecções sintomáticas”, disse Javid.

    O governo quer oferecer a todos os adultos um reforço até o Ano Novo, uma meta ambiciosa considerando o feriado de Natal.

    Isso exigiria vacinar 1 milhão de pessoas por dia, quase o dobro dos atuais 530 mil por dia.

    Popularidade de Johnson

    Enquanto Johnson tenta conter a disseminação da Ômicron, ele enfrenta uma raiva crescente de liberais em seu partido por causa das regras mais rígidas do Covid e da queda nas avaliações das pesquisas.

    Além disso, tem recebido críticas pela maneira lidou com um escândalo relacionado a concessão de lucrativos contratos relacionados às ações contra a Covid.

    Uma pesquisa da Ipsos Mori para o jornal The London Evening Standard mostrou que a classificação do líder trabalhista da oposição Keir Starmer estava 13 pontos percentuais à frente de Johnson, a primeira vez que um líder trabalhista esteve à frente em pesquisas de opinião desde 2008.

    Outras pesquisas também mostram os trabalhistas com alta de três pontos na preferência do eleitor, chegando a 39%, à frente dos conservadores de Johnson, que caíram um ponto desde a última pesquisa em novembro, com 35%.

    Com informações de Guy Faulconbridge e Michael Holden; Edição de Andrew Cawthorne e Ed Osmond, da Reuters

     

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