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    Professores explicam como a ilusão de ótica consegue ‘enganar’ o sistema visual humano

    Em uma tentativa de preencher as limitações da percepção, cérebro distorce informações e cria situações 'ilusórias'

    Ilusão de ótica
    Ilusão de ótica Freepik

    Ingrid Oliveirada CNN

    em São Paulo

    Professores do Instituto de Psicologia da USP (IP-USP) descreveram como a ilusão de ótica trabalha em uma área lúdica do cérebro e pode ser feita por práticas simples, utilizando de uma limitação no sistema central para causar esses efeitos ‘enganosos’.

    Essas ações que costumam despertar a curiosidade e muitas vezes são apresentadas como mágicas.

    As ilusões acontecem com variações e nuances que incluem a composição das formas, o uso de cores, e combinam fatores físicos e culturais que “conseguem enganar o sistema visual humano”.

    Do ponto de vista do corpo humano, segundo Marcelo Fernandes Costa, professor do IP-USP, a ilusão acontece por conta da interação do olho com o meio ambiente.

    “Nós temos os cinco sentidos, e o olho é um dos mais importantes no sentido de pegar informações do mundo exterior”, disse.

    No cérebro, as informações chegam como “dados brutros”. Para facilitar a percepção, o órgão utiliza da memória para dar sentido àquilo que vê.

    Nossos olhos são os responsáveis por transmitir as informações cérebro, e necess processo há algumas limitações. Nesse sentido, as ilusões podem ocorrer em diversos níveis por conta do processo sensorial e processamento da percepção.

    Elas acontecem a partir da mesma maneira como ocorre a organização visual e dos sentidos, mas esbarram em um limite funcional do sistema sensorial do cérebro — que distorce informações com o objetivo de compensar essas limitações.

    “As ilusões são decorrência dessas distorções do nosso cérebro, isso a partir do estudo das cores ou a partir da construção de uma figura mais complexa” explicou Costa.

    Por outro lado, há também a contribuição da física, feita a partir da interação “olho – meio ambiente” que o professor Mikiya Muramatsu, do IP-USP, descreve como o funcionamento de miragens — como no deserto em que se enxerga um oásis.

    Nesta situação, a sensação de miragem é construída a partir de variações de calor em um meio uniforme e a interação com o olho.

    Aplicações no dia a dia

    Outros fatores como questões culturais, de vivência e elementos do meio externo, contribuem para que ambientes que têm ilusões de ótica passem despercebidos no nosso cotidiano.

    Em algumas dessas situações, elementos que compõem arquitetura — que dão a sensão de ambiente mais amplo ou maior profundidade. Ou algumas cores específicas combinadas nas telas dos cinemas.

    Alguns artistas utilizam a técnica como forma de desafiar a percepção dos espectadores ou levá-los a interagir com a obra.

    *Com informações de Jornal da USP