Preços do ‘kit intubação’ subiram mais de 100%, aponta pesquisa
Levantamento do Sindhosp indica aumento em medicamentos desde abril do ano passado
De acordo com uma pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp), medicamentos que compõem o chamado “kit intubação”, como sedativos e analgésicos, tiveram altas nos preços que chegaram a mais de 100% desde abril do ano passado.
De acordo com o médico e presidente do sindicato Francisco Balestrim, o aumento “acaba levando, do ponto de vista dos pacientes com Covid-19 que são atendidos pelos hospitais, um incremento das despesas que as unidades tem para o seus atendimentos”.
Por conta da alta dos preços, os hospitais também estão enfrentando estoques baixos e escassez desses medicamentos. A mudança no perfil dos pacientes com a doença também pode estar contribuindo com essa faltaa de recursos.
Na última quarta-feira (21), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que mais de um milhão de medicamentos para o “kit intubação” devem chegar ao Brasil até maio.
Em nota, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) disse que os preços dos medicamentos são controlados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que estipula o percentual máximo de reajuste ao ano.