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    Postos da Venezuela não têm segunda dose da vacina para Covid-19, alerta ONG

    País iniciou vacinação com doses Sputnik V e Sinopharm

    da CNN Chile

    Uma ONG de médicos da Venezuela alertou que o país corre risco de um aumento e casos de Covid-19, ao mesmo tempo que indicou que alguns postos de vacinação informam não ter a segunda dose para aplicação. 

    A Venezuela, com cerca de 28 milhões de habitantes, já imunizou totalmente 0,8% da população, segundo dados da Reuters. O país sul-americano recebeu cerca de 3,5 milhões de vacinas Sputnik V, da Rússia, e Sinopharm, da China.

    “Antes de iniciar qualquer processo de vacinação, é preciso ter certeza do fornecimento das vacinas, para que, quando começar, não acabe”, disse o cirurgião-geral Jaime Lorenzo, diretor da ONG Médicos Unidos pela Venezuela, que reúne cerca de 4.000 profissionais de saúde do país.

    “O pior que estamos vendo no momento são anúncios em diferentes postos que a segunda dose não está disponível”, acrescentou Lorenzo, explicando que, algumas pessoas têm agendamento para receber a segunda dose foram informadas que não havia suprimentos ao se apresentarem.

    Mesmo assim, disse que “é possível estender o intervalo entre as doses, isso tudo bem, mas o lógico seria, com as pessoas que já haviam planejado a vacinação no dia correspondente, cumprir a data e vaciná-las”, disse o médico em entrevista coletiva à imprensa.

    “O grande problema da anarquia desta vacinação são os centros massivos. É seguro que tenhamos altíssimos números de contágio do nosso povo por uma única razão: não há distanciamento social, não há organização e, muitas vezes, não vemos o uso de todos os itens de proteção”, especificou.

    Ana Rosario Contreras, presidente do Colégio de Enfermeiras de Caracas, classificou a situação como grave. “A vacina não pode ser politizada”, disse, pedindo que o governo de Nicolás Maduro busque mais doses.

    As autoridades da Venezuela relatam 260.740 casos e 2.958 mortes por Covid-19. Especialistas médicos e acadêmicos indicam que os números podem ser maiores, já que o país tem feito poucos testes. 

    O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu a um pedido de comentário para esta reportagem. 

    (Texto traduzido, leia o original em espanhol)

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