Positividade para Covid-19 no Brasil subiu de 3% para 37%, diz Fiocruz
Foram analisados mais de 121 mil testes realizados em pelo menos sete estados em janeiro
Com a chegada da variante Ômicron, o Brasil tem vivido uma nova onda de casos positivos para Covid-19. A análise de positividade de testes feitos semanalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) constatou que de dezembro para janeiro, houve um aumento de 35 pontos percentuais de casos positivos para o coronavírus.
Durante todo o mês de dezembro de 2021, a taxa de casos detectáveis para Sars-CoV-2 analisados pelos laboratórios da Fiocruz foi de 3%.
Até o dia 24 de janeiro deste ano, 37% das amostras eram positivas para o vírus. A nota da Fundação diz que “aumento percentual de positivos é perceptível nas análises de todas as centrais da Fiocruz”.
O número de testes analisados também teve forte aumento. Enquanto em dezembro o número de testes semanais não passou de 41 mil, em janeiro, foram mais de 121 mil amostras coletadas pela Fiocruz.
Um aumento de 195%, em comparação com a média das oito semanas anteriores. Segundo a Fiocruz, isso ocorre, também, por conta do aumento da testagem.
“Em menos de um mês, passamos de uma média semanal de 25 mil testes liberados com menos de 5% de positividade, para um patamar de processamento que cresce a cada semana e já supera 100 mil amostras por semana e 30% de positividade”, afirmou a coordenadora do Escritório de Testagem da Fiocruz, Maria Clara Lippi.
Entre os estados que tiveram amostras analisadas estão: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará, Santa Catarina e São Paulo. A nota da Fundação diz que “aumento percentual de positivos é perceptível nas análises de todas as centrais da Fiocruz”.
Ao todo, as centrais já processaram mais de 9,5 milhões de exames RT-PCR em apoio ao Ministério da Saúde, tendo atendido 23 estados brasileiros, o que corresponde a cerca de 35% de todos os exames RT-PCR realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na rede pública nacional.
Na avaliação da coordenadora-geral da Unadig, Erika de Carvalho, a ‘explosão de casos’ é justificada pelas confraternizações de final de ano, relaxamento das medidas de isolamento social e período de férias.
“Vínhamos de um momento em que observamos queda nos casos: 15 dias antes do Ano Novo, estávamos com menos de 10% de percentual positivo na Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 no Rio de Janeiro”, pontuou.