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    Poluição do ar pode estar relacionada a sinais de Alzheimer, diz estudo

    Pesquisadores descobriram que pessoas que foram mais expostas à poluentes tinham mais sinais de demência no cérebro

    Da CNN

    Pessoas que estão mais expostas à poluição do ar relacionada ao tráfego podem estar mais propensas a ter grandes quantidades de placa amiloides em seus cérebros, o que é um sinal de risco para o Alzheimer. A descoberta é de pesquisa publicada nesta quarta-feira (21), na revista Neurology.

    Para o estudo, os pesquisadores examinaram o tecido cerebral de 224 pessoas que concordaram em doar seus cérebros ao morrerem para pesquisas sobre demência. Os participantes faleceram com uma idade média de 76 anos.

    Os investigadores, então, analisaram a exposição à poluição atmosférica relacionada ao tráfego dessas pessoas de acordo com o endereço residencial em Atlanta, nos Estados Unidos, no momento da morte. Para isso, os pesquisadores analisaram partículas finas de poluentes com menos de 2,5 mícrons de diâmetros suspensas no ar, que são fontes de poluição importantes relacionadas ao trânsito.

    De acordo com o estudo, o nível médio de exposição a essas partículas no ano anterior à morte foi de 1,32 microgramas por metro cúbico (µg/m3) e 1,35 µg/m3 nos três anos anteriores à morte. Em seguida, os pesquisadores compararam essa exposição à poluição com medidas das placas amiloides e emaranhados de tau, sinais da doença de Alzheimer, no cérebro dos participantes.

    Segundo os investigadores, pessoas com exposição maior que 1 µg/m3 às partículas poluentes no ano anterior à morte tinham quase duas vezes mais probabilidade de terem níveis elevados de placas amiloides. Além disso, aquelas com exposição elevada a essas partículas nos três anos antes da morte tinham 87% mais probabilidade de ter níveis mais elevados dessas placas.

    “Isso sugere que fatores ambientais, como a poluição do ar, podem ser um fator que contribui para a doença de Alzheimer em pacientes nos quais a doença não pode ser explicada pela genética”, diz Anke Huels, uma das autoras do estudo.

    No entanto, mais estudos são necessários para confirmar essa relação. Além disso, o estudo atual não confirma que a poluição do ar pode causar Alzheimer por aumentar as placas amiloides no cérebro, apenas mostra uma associação.

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