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    Pneumologista explica como o novo coronavírus afeta os pulmões

    Especialista do Incor falou à CNN sobre como a COVID-19 provoca falta de ar e ainda explicou os riscos para fumantes e asmáticos 

    O médico Rafael Stelmach, da divisão de pneumologia do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), explicou à CNN, nesta quinta-feira (2), como a infecção pelo novo coronavírus afeta os pulmões e provoca falta de ar.

    “A COVID-19 é mais grave porque acomete as partes mais distantes dos pulmões em relação às vias aéreas”, diz o especialista. “O pulmão tem a parte por onde o ar entra pelos canais e se distribui para as áreas mais periféricas, onde há a troca do oxigênio com o gás carbônico. E o vírus da COVID-19 tem essa predileção e impede a captação do oxigênio, por isso que tem falta de ar – que é uma das marcas da gravidade”, detalha. 

    O médico aponta que essa é uma época de outras doenças respiratórias, mas que o novo coronavírus é aquele que, ao chegar aos pulmões, desencadeia os sintomas mais graves. “Os vírus são comuns nesta época de outono, especialmente os que são relacionados a resfriados e infecções virais, principalmente das vias aéreas superiores. Todas dão sintomas que são comuns – tosse, febre baixa e não chegam, necessariamente, a acometer os pulmões propriamente dito”, explica ele.

    Segundo o pneumologista, a falta de ar ocorre durante a reação de defesa do corpo. “E, por incrível que pareça, não é o vírus que causa isso. Ele é uma estrutura muito simples e o organismo está preparado para responder à presença de organismos mais complexos do que ele. Mas o corpo tem uma resposta para matar o vírus, e essa ação é o que dificulta a capacidade do pulmão de pegar o oxigênio e largar o gás carbônico, e não está relacionada com a passagem do ar”, afirma.

    Recentemente, o vídeo de um hospital norte-americano mostrou o estado dos pulmões de um homem que não apresentava sintomas e foi infectado. As imagens indicavam os danos extensivos causados aos órgãos da vítima de 59 anos.

    Condições pré-existentes

    O médico ainda explicou que fumantes só entram para o grupo de risco caso tenham alguma doença pulmonar crônica obstrutiva, que é estimulada pelo cigarro. “Ela é um fator de risco para, na infecção da COVID-19, ter uma doença pulmonar mais grave”, alerta. “Não tem uma relação direta do coronavírus com o tabaco ou cigarro, mas com a lesão que eles causam no pulmão de quem fumou por muito tempo”, completa.

    Em relação às pessoas com asma e rinite, o pneumologista diz que, até o momento, não há pacientes com essas condições na lista de pacientes mais graves rinite e asma. “Então parece não haver uma relação direta”, esclarece. 

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