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    Planalto quer discrição em operação de oxigênio para Manaus com avião dos EUA 

    Governo quer evitar o mesmo erro que avalia ter cometido com a operação de busca de 2 milhões de doses da vacina de Oxford compradas da Índia

    Igor Gadelhada CNN

     

    Integrantes do Palácio do Planalto pediram às demais autoridades do governo federal discrição na operação de transporte de cilindros de oxigênio para Manaus com um avião cedido pelos Estados Unidos.

    O temor é de que, ao divulgar detalhes previamente, o governo brasileiro repita o mesmo erro que avalia ter cometido com a operação de busca de 2 milhões de doses da vacina de Oxford compradas da Índia.

    Nesse caso, integrantes do Planalto avaliam que o Ministério da Saúde errou ao anunciar antes a data de partida do voo e ao mandar adesivar a aeronave com uma propaganda da campanha de vacinação no Brasil.

    No diagnóstico de auxiliares presidenciais, a divulgação desses detalhes acabou melindrando os indianos, que estavam prestes a iniciar a imunização no país, o que atrasou a operação.

    A avaliação é de integrantes do Planalto é de que o momento mundial é muito delicado em razão da pandemia e que qualquer informação divulgada antes pode prejudicar operações em conjunto com outros países.

    Até o momento, as informações sobre o avião cedido pelos americanos têm sido divulgadas apenas pelo deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), um dos que pediu a ajuda à embaixada dos Estados Unidos.

    O governo e a embaixada, porém, não divulgaram até agora quando a operação deve acontecer. A CNN apurou que a expectativa é de que o avião leve o oxigênio ao Amazonas ainda nesta semana.

    O transporte deverá ser feito pelo Lockheed C-5 Galaxy, aeronave que pertence à Força Aérea dos Estados Unidos. Procurados oficialmente, o Planalto e a embaixada americana não comentaram.

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