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    Pfizer reduz as entregas de vacinas em até metade para alguns países da UE

    A Pfizer e a BioNTech se recusaram a comentar sobre os cortes além de seu comunicado na semana passada, que anunciou cortes nas entregas

    Radu-Sorin Marinas, Jan Lopatka e Tsvetelia Tsolova, da Reuters

    A Pfizer cortou pela metade o volume de vacinas contra a Covid-19 que entregará a alguns países da União Europeia nesta semana, disseram autoridades dos governos da região nesta quinta-feira (21), devido à frustração com o inesperado corte de suprimentos da farmacêutica americana.

    A Romênia receberá 50% de seu volume planejado esta semana e os suprimentos só vão melhorar gradualmente, com as entregas não voltando ao normal até o final de março, disse o vice-ministro da Saúde, Andrei Baciu, à Reuters.

    Foi uma situação semelhante na Polônia, que na segunda-feira (18) recebeu 176 mil doses, uma queda de cerca de 50% do que era esperado, disseram as autoridades.

    O governo tcheco estava se preparando para a interrupção nas últimas semanas, desacelerando sua campanha de vacinação assim que a segunda dose de vacinação começou.

    “Temos que esperar uma redução no número de consultas abertas de vacinação nas próximas três semanas”, disse o ministro da Saúde, Jan Blatny, a jornalistas nesta quinta-feira, com as entregas da Pfizer caindo cerca de 15% nesta semana e até 30% nas duas semanas seguintes.

    A Pfizer e a BioNTech se recusaram a comentar sobre os cortes além de seu comunicado na semana passada, que anunciou cortes nas entregas à medida que aumentava a produção na Europa.

    Alguns países acham que podem lidar com isso. A Noruega tem um estoque de emergência e continuará administrando as doses planejadas, disse o órgão de saúde pública do governo.

    A farmacêutica norte-americana disse à Bulgária e à Polônia que substituirá as doses em falta, disseram as principais autoridades.

    O Serum Institute da Dinamarca, porém, disse que sua perda de 50% das injeções nesta semana levaria a uma queda de 10% no primeiro trimestre.

    Com os governos da região ainda se recuperando dos cortes inesperados, as autoridades dizem que as reduções estão minando seus esforços para inocular seus cidadãos e domar a pandemia que matou mais de 2 milhões de pessoas.

    Na quarta-feira, a Itália ameaçou uma ação legal contra a Pfizer.

    Na Hungria, onde as autoridades autorizaram o uso das vacinas AstraZeneca da Grã-Bretanha e Sputnik V da Rússia antes do regulador de medicamentos da UE, um alto funcionário pediu a Bruxelas que tentasse garantir que as entregas da Pfizer e de outros fabricantes de vacinas cumprissem o cronograma.

    “Ficaríamos felizes se a Comissão (Europeia) pudesse tomar medidas o mais rápido possível para garantir que a Pfizer e outros fabricantes mudassem as entregas”, disse o chefe de gabinete do primeiro-ministro Viktor Orban, Gergely Gulyas.

    O problema se espalhou para países fora do bloco comercial também – o Canadá está enfrentando atrasos, assim como a Suíça, onde o cantão montanhoso de Grisões recebeu apenas mil doses da Pfizer nesta semana, muito aquém das 3 mil que esperava. 

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