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    Pfizer nega vacina infantil ao Rio por contrato já feito com Saúde, diz Soranz

    À CNN, secretário de Saúde da cidade do Rio afirmou que empresa já tem contrato de 100 milhões de vacinas com governo federal para público geral

    Pauline Almeidada CNNJuliana Elias , do Rio de Janeiro

    O secretário de Saúde da cidade do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou em entrevista à CNN nesta quarta-feira (22) que a prefeitura da capital teve o pedido de vacinas infantis contra a Covid-19 negado pela Pfizer por conta de negociação para novas doses que a farmacêutica já tem em andamento com o Ministério da Saúde.

    São 100 milhões de doses contratadas à empresa pelo governo federal, previstas para chegar em janeiro, sendo que uma parcela disso, não definida, pode ir para o público infantil, disse o secretário.

    A prefeitura do Rio de Janeiro aguardará, agora, que o Ministério da Saúde anuncie o início do calendário de imunização para a faixa etária entre 5 e 11 anos.

    A cidade planejava adquirir diretamente vacinas da Pfizer para dar início à imunização nesta faixa etária contra a Covid-19.

    “Começamos hoje a negociação com a Pfizer [para a compra de vacinas infantis], mas, infelizmente, ela respondeu que não pode prosseguir com a negociação porque já assinou contrato com o Ministério da Saúde, já vendeu 100 milhões de doses e muito provavelmente entrega as vacinas para crianças no mês de janeiro para o ministério”, disse.

    “Então não há mais a necessidade de nenhum estado ou município negociar diretamente com a empresa, visto que o Ministério da Saúde já tem contrato assinado.”

    O secretário municipal de Saúde do Rio ainda disse que o governo federal já atrasou a negociação com a Pfizer em outros momentos e espera que isso não se repita.

    Segundo Soranz, o Rio de Janeiro quer o anúncio de um cronograma. Ele faz coro ao apelo do prefeito Eduardo Paes, feito durante um evento nessa quarta-feira. “A verdade, o que eu espero é que o governo federal anuncie em breve a decisão de vacinar as crianças”, declarou Paes.

    No entanto, a decisão do governo federal só deve vir em janeiro. Nesta quinta-feira (23), o Ministério da Saúde inicia uma consulta pública sobre a vacinação infantil contra a Covid-19, que segue até o dia 2 de janeiro. Já no dia 4 de janeiro, acontece uma audiência pública sobre o tema.

    O secretário questionou a consulta pública. “Não faz o menor sentido uma vacina que já está sendo utilizada em vários países do mundo, com ótimos resultados, também foi aprovada pelo nosso órgão regulador, a Anvisa. O que o Ministério da Saúde precisa fazer é acelerar o máximo a solicitação à Pfizer”, afirmou à CNN.

    Carnaval mantido, mas sob observação

    Soranz também afirmou que a realização do Carnaval na cidade está mantida, tendo em vista os níveis atuais controlados de contaminação e internações pelo coronavírus, mas indicou que isso pode o evento pode ser revisto caso os números voltem a piorar.

    “Neste momento estamos analisando o número de casos, ele é muito pequeno e estamos com a menor taxa de transmissão desde o início da pandemia, de 0,6”, disse.

    “Hoje temos um cenário muito favorável. Se houver qualquer sinal de aumento ou novas informações sobre novas variantes, que justifiquem novas medidas restritivas, seremos os primeiros a alertar.”

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