Pfizer inicia teste de vacina em pessoas imunossuprimidas no Brasil
Cristiano Zerbini explica que objetivo da pesquisa é avaliar a segurança e a eficácia da vacina nas pessoas que têm o sistema imunológico comprometido devido a uma doença ou ao seu tratamento
A Pfizer iniciou um estudo com pessoas imunossuprimidas para analisar os efeitos da vacina que desenvolveu contra Covid-19. O Brasil faz parte da pesquisa, junto com a Alemanha e os Estados Unidos.
À CNN, Cristiano Zerbini, diretor do Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic) e coordenador dos testes da vacina contra a Covid-19 da Pfizer no país, explicou que o estudo começou na última sexta-feira (15) em pacientes imunossuprimidos e em crianças acima de dois anos.
Segundo ele, o objetivo da pesquisa é avaliar a segurança e a eficácia da vacina nas pessoas que têm o sistema imunológico comprometido devido a uma doença ou ao seu tratamento.
“Tanto crianças quanto adultos muitas vezes têm algum grau de diminuição da ação do sistema imunológico, ou seja, o sistema imunológico não age na defesa do organismo eficientemente como deveria agir. Isso pode causar uma imunossupressão. Essas pessoas precisam de uma defesa contra a Covid-19, de um sistema imunológico um pouco mais reforçado para poder combater o vírus”, falou.
O especialista lembra que muitos pacientes que têm comprometimento do sistema imune já foram imunizados contra o coronavírus, mas afirma que é preciso de um pouco mais de dados científicos para saber, por exemplo, se o tempo de proteção da vacina nestes pacientes é o mesmo que em pacientes que não são imunossuprimidos.
Intervalo entre doses da Pfizer reduzido
Começa a valer nesta quarta-feira (20) na cidade de São Paulo a redução no intervalo entre as doses da Pfizer/BioNTech, que agora passa a ser de 21 dias.
Antes, as pessoas precisavam esperar 56 dias entre a primeira e a segunda aplicação, mas com a chegada de 357.354 mil doses de imunizantes nesta semana, a capital conseguiu alterar a data.