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    Pfizer diz que países mais pobres vão pagar preços menores por dose de vacina

    Empresa vai usar gelo seco na logística de transporte das vacinas

    Ações da Pfizer e da BioNtech subiram após empresa divulgarem dados adicionais promissores sobre vacina contra Covid-19
    Ações da Pfizer e da BioNtech subiram após empresa divulgarem dados adicionais promissores sobre vacina contra Covid-19 Foto: Brendan McDermid-29.jul.2019-Reuters

    Sinara Peixoto, da CNN, em São Paulo

    Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (12), a farmacêutica Pfizer afirmou que países mais pobres vão pagar um preço mais baixo por dose da potencial vacina anti-Covid, que desenvolve em parceria com a BioNTech.

    “Trabalhamos com uma abordagem de preços diferenciados, o que ajuda a garantir a equidade de modo que todos os países possam ter acesso à nossa vacina contra a COVID-19. Os países com a menor capacidade de pagar pela vacina pagarão um preço mais baixo, de acordo com os recursos de seu governo, enquanto os países que podem pagar mais deverão fazê-lo”, diz a empresa por meio de nota.

    A farmacêutica prevê que, para uso emergencial nos Estados Unidos, vai submeter os dados sobre os testes à FDA (autoridade sanitária dos EUA), ainda no final deste mês, quando os resultados de segurança exigidos forem alcançados.

    E disse que está em contato com o governo brasileiro para discutir o fornecimento do imunizante do país.

    “No caso do Brasil, a Pfizer trabalhará em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para fornecer todos os dados necessários para avaliação”.

    Sobre a logística de transporte das vacinas, a companhia aposta no uso de gelo seco como alternativa para a conservação do material.

    “Foi desenvolvida uma espécie de container (embalagem em formato de caixa) com temperatura controlada, que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada, de – 75 ° C
    (± 15 ° C) por até 15 dias”.

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    90% de eficácia

    A Pfizer disse na última segunda-feira (9) que a vacina experimental contra a Covid-19 mostrou ter 90% de eficácia na prevenção da doença, com base em dados iniciais de um estudo amplo.

    O estudo preliminar analisou os primeiros 94 casos confirmados de Covid-19 entre os mais de 43 mil voluntários que receberam duas doses da vacina ou um placebo.

    Segundo a farmacêutica, menos de 10% das infecções ocorreram em participantes que receberam a vacina. Mais de 90% dos casos ocorreram com pessoas que receberam placebo.

    A Pfizer e a parceira no desenvolvimento do imunizante, a alemã BioNTech, são as primeiras farmacêuticas a anunciarem dados bem-sucedidos de um ensaio clínico em larga escala com uma potencial vacina contra o coronavírus.

    As empresas disseram que, até o momento, não encontraram nenhuma preocupação de segurança com a candidata a imunizante e que esperam pedir autorização para uso emergencial da vacina nos Estados Unidos neste mês.

    Se obtiver a autorização, o número de doses da vacina será limitado inicialmente. Uma das questões pendentes é por quanto tempo a vacina fornecerá proteção.

    No entanto, a notícia divulgada dá esperanças de que outras vacinas em desenvolvimento contra o novo coronavírus também possam se mostrar eficazes.

    A Pfizer disse que a vacina proporcionou proteção sete dias após a segunda dose e 28 dias após a dose inicial da vacina. O ensaio de Fase 3 envolveu 43.538 participantes desde 27 de julho.

    Até domingo (9), 38.955 dos voluntários receberam a segunda dose da vacina. A empresa diz que 42% dos locais de teste internacionais e 30% dos locais de teste nos EUA envolvem voluntários de origens racial e étnica diversas.

    “Hoje é um grande dia para a ciência e para a humanidade”, disse Albert Bourla, presidente-executivo e chairman da Pfizer, em comunicado.

    “Estamos atingindo este marco crucial em nosso programa de desenvolvimento de vacina em um momento em que o mundo mais precisa, com as taxas de infecção atingindo novos recordes, hospitais ficando superlotados e economias sofrendo para reabrir.”

    Nota da Pfizer

    Em relação à disponibilidade no Brasil da potencial vacina BNT162, desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, esclarecemos:

    – A Pfizer está em contato com o governo brasileiro para discutir um possível fornecimento de nossa potencial vacina, sujeita à aprovação regulatória, que permitiria vacinar milhões de brasileiros

    – A submissão dos dados do estudo à FDA (autoridade sanitária dos EUA) para autorização de uso de emergencial nos Estados Unidos ocorrerá logo após os resultados de segurança exigidos serem alcançados, o que está previsto para ocorrer no final deste mês.

    – No caso do Brasil, a Pfizer trabalhará em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para fornecer todos os dados necessários para avaliação. O pedido de aprovação do registro no país dependerá da submissão de dados de eficácia de segurança, que deverão ser considerados aceitáveis pela Anvisa.

    – A companhia elaborou um plano logístico detalhado com ferramentas para apoiar o transporte eficaz, armazenamento e monitoramento contínuo da temperatura da potencial vacina contra a covid-19.

    – Para isso, foi desenvolvida uma espécie de container (embalagem em formato de caixa) com temperatura controlada, que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada, de – 75 ° C (± 15 ° C) por até 15 dias.

    – Com relação ao preço da potencial vacina, trabalhamos com uma abordagem de preços diferenciados o que ajuda a garantir a equidade de modo que todos os países possam ter acesso à nossa vacina contra a
    COVID-19. Os países com a menor capacidade de pagar pela vacina pagarão um preço mais baixo de acordo com os recursos de seu governo, enquanto os países que podem pagar mais deverão fazê-lo.

    (Com Reuters)