PF apura desvios de R$ 6 milhões em hospitais no sul fluminense
Quatro mandados de prisão e dezenove de busca e apreensão estão sendo cumpridos em sete cidades do estado do Rio de Janeiro
A Polícia Federal apura o desvio de seis milhões de reais da saúde no município de Barra do Piraí, no sul do Estado do Rio de Janeiro.
A operação, batizada de Skal, em referência à palavra “saúde” em línguas escandinavas, é desdobramento de uma investigação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
As primeiras denúncias sobre os desvios de recursos públicos em obras realizadas em hospitais locais foram em 2018.
De acordo com a PF, ao longo da investigação, foi apurado que servidores municipais estavam atuando em conjunto com empresas para desviarem recursos destinados à saúde do município, principalmente através de hospitais privados que atendem à população por meio de convênio com o Poder Público.
Entre os investigados, estão servidores do alto escalão da Secretaria da Saúde Municipal de Barra do Piraí, funcionários dos principais hospitais conveniados locais, além de empresas de outras regiões do Estado.
Nesta quarta-feira (15) estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão temporária e dezenove de busca e apreensão. Dez equipes deixaram ainda de madrugada a Superintendência da PF no Rio.
Outras nove saíram da Delegacia de Volta Redonda, também no sul fluminense. No total, 120 policiais participam da ação nas cidades de Barra do Piraí, Vassouras, Magé, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti e na capital Rio de Janeiro.
Em Duque de Caxias, um dos endereços visitados foi uma marmoraria, usada para lavar o dinheiro obtido no esquema. Os investigados responderão pelo crime de peculato, que é o desvio de dinheiro público, corrupção passiva e associação criminosa.
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (7), a Operação Bancarrota contra suspeita de corrupção por parte de gráficas que imprimiam as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ação investiga favorecimento de empresas por parte de servidores do Inep entre 2010 e 2018. • Vianey Bentes
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A investigação, feita em conjunto pela PF e CGU, aponta para um superfaturamento de R$ 130 milhões nos contratos investigados. A PF apontou um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do Inep suspeitos de participação. • Polícia Federal
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"Os contratos sob investigação totalizaram pagamentos, desde 2010, de aproximadamente R$ 880 milhões", apontou a investigação que partiu de auditoria da CGU feita em 2019.
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No total, são cumpridos 41 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Os envolvidos são acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, crimes da lei de licitações e lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 20 anos de prisão. • Polícia Federal