Pesquisadores holandeses desenvolvem injeção a laser que não usa agulha
No quadro Correspondente Médico, Fernando Gomes analisou estudo que promete injeção sem dor com o uso de lasers
Na edição desta sexta-feira (15) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre o estudo de um novo tipo de injeção a laser, que não usa agulha e não causa dor na aplicação.
Pesquisadores holandeses estão desenvolvendo a injeção aplicada a laser que pode ser usada como alternativa em campanhas de vacinação, em especial para quem tem medo de agulha. Os primeiros testes animaram os especialistas que, agora, procuram recursos para ampliar os estudos.
O método foi batizado de “bubble gun”, ou “arma de fazer bolha”, em português. A expectativa é que a injeção a laser chegue ao mercado em três anos, caso os novos testes avancem.
Gomes lembrou que a medicina já utiliza lasers em procedimentos cirúrgicos, por exemplo. O médico explicou como a premissa do estudo permite que a aplicação seja indolor.
“Utilizando um princípio bastante interessante da física, que é o laser, esse método faz um disparo a 100km/h e gotículas são injetadas na camada mais exterior da pele. Isso faz com que as terminações nervosas capazes de transmitir a informação dolorosa fiquem um pouco ‘tontas’ e não consigam levar essa informação pro sistema nervoso central, garantindo a entrada da substância a ser inoculada sem a percepção dolorosa”, disse o médico.
“O laser nada mais é do que um tipo de luz, temos trabalhos clássicos de Einstein. Na cirurgia, pode ser utilizado laser de alta potência e, também, em processos que acabam modulando respostas inflamatórias com laser de baixa intensidade. Agora, vemos uma aplicação a mais possível dentro da medicina. Muitas pessoas têm medo da injeção e isso pode representar um avanço interessante.”
(*Com informações de Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo)