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    Pesquisa vai analisar resposta imunológica à vacina contra Covid

    Mais de 1.800 voluntários participam do estudo coordenador por pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro  

    Isabelle Resende, da CNN, no Rio 

    A partir da análise de amostras de sangue de pessoas vacinadas contra a covid-19, cientistas buscam entender como se comportam as células de defesa do organismo contra o vírus Sars-Cov-2. O estudo é conduzido pela médica Isabel Bouzas, do Centro de Apoio a Pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.  A coleta de sangue está sendo feita no posto de vacinação no campus da UERJ, no Maracanã, Zona Norte do Rio.  

    Os cientistas vão analisar células de defesa do organismo para saber a eficácia delas para destruir ou inativar o coronavírus. Os interessados em participar do estudo assinam uma autorização de coleta de sangue e respondem a um questionário. A primeira fase do processo de pesquisa começa no momento da vacinação. Durante seis meses, são feitas novas coletas de sangue no voluntário para avaliar a efetividade dos imunizantes.  

    “As amostras coletadas no ato da vacina, ficam armazenadas para testagem comparativa com as da segunda dose, que completa o ciclo de imunização. Com isso poderemos definir melhor em que grupo populacional, por sexo e faixa etária, a vacina foi efetiva. A primeira e a segunda doses estimulam o sistema imunológico; nesse processo pode haver variações individuais em função das características genéticas ou de infecções prévias de cada pessoa. Nosso consenso é de que valores mais altos de defesa, podem ser encontrados entre 30 e 60 dias após exposição total aos antígenos. Na pesquisa em curso a opção foi de compararmos após 30, 90, 180 e 360 dias”, explica o coordenador do estudo Luís Cristóvão Porto. 

    Até o momento, mais de 1.800 pessoas participaram do estudo. Muitos voluntários, entendendo o propósito da pesquisa, estimulam amigos e conhecidos a aderirem. 

    Posteriormente, o banco de dados gerados a partir desse estudo estará disponível para pesquisadores de outras instituições. A iniciativa, segundo a coordenadora do estudo, vai permitir a troca de informações sobre o vírus e a doença, bem como a construção das bases de dados de coleta de material que irá auxiliar futuras pesquisas. 

    O posto de vacinação de pedestres funciona próximo à Concha Acústica Marielle Franco, das 9h às 15h, de segunda a sexta-feira, seguindo o calendário da Prefeitura do Rio. O ponto de coleta de sangue está montado dentro da Capela Ecumênica da universidade, respeitando todos os protocolos de distanciamento social.