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    Pesquisa da UFPB cria inseticida que mata o mosquito da dengue

    Produto que mata Aedes aegypti é produzido a partir de sisal, planta do semiárido. Professora da federal paraibana, Fabíola Cruz diz que invento tem baixo custo

    Diego Freire, , da CNN, em São Paulo

    Uma pesquisa coordenada pela professora Fabíola Cruz, do Departamento de Biologia Celular e Molecular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), desenvolveu um inseticida capaz de matar o Aedes aegypti, que transmite vírus como dengue, zika e a chikungunya.

    A informação foi divulgada pela universidade federal paraíbana, que conduziu as pesquisa em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão).

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    O inseticida é produzido a partir do extrato de agave (sisal), planta cultivada em regiões semiáridas. Segundo a universidade, a planta é utilizada em sua versão híbrida, uma variante melhorada geneticamente em laboratório, com o intuito de obter uma planta mais resistente a pragas.

    A universidade afirmou, ainda, que a eficácia do inseticida já é comprovada para eliminar o mosquito Aedes aegypti em qualquer uma de suas fases de vida (ovo, larva, pupa ou adulto).

    Entre outros benefícios do invento, estão o baixo custo, ação rápida e o fato de não ser tóxico para outros animais.

    O objetivo da parceria com a Embrapa é conseguir empresas que possam produzir esse inseticida em escala comercial.

    “Nem a UFPB e nem a Embrapa têm condições de produzir, de tornar o inseticida comercializável. Então, para isso, precisamos de um agente externo, que seria uma indústria”, explica a pesquisadora, destacando ainda o papel da Agência de Inovação Tecnológica (Inova) nessa articulação com o setor privado.

    Por meio da produção e da comercialização, a pretensão, com este convênio, é também gerar renda para os produtores de sisal na Paraíba.

    “Hoje, os produtores que vivem da cultura do sisal têm a sua renda muito diminuída porque a planta vem perdendo importância. Já teve muita relevância no passado, porque a fibra do sinal era muito utilizada na indústria, e hoje está sendo substituída por fibra sintética. Quando a gente faz uma descoberta como essa, isso volta a tornar o sisal importante”, defende a professora Fabíola.

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