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    Perda do paladar por coronavírus chega a 40% dos casos, diz infectologista

    A perspectiva, contudo, ainda é preliminar e deve ter uma conclusão na comunidade médica diante de novos estudos das sequelas da doença causada pela COVID-19

    O infectologista Sergio Cimerman, do Hospital Emílio Ribas, disse à CNN, nesta segunda-feira (13), que a perda do paladar provocada pelo novo coronavírus pode chegar a durar até 12 meses. 

    “No início de da pandemia, pouco se falava sobre a perda de olfato e de paladar, mas depois foram ver fazer a análise retrospectiva com todos os pacientes, e em torno de 40% deles apresenta essa perda, que perdura, na grande maioria das vezes, até 14 ou 15 dias”, informa o médico. “Porém, existem alguns pacientes que têm essa perda de sensibilidade mais arrastada e que pode chegar até 12 meses”, acrescenta.

    A perspectiva, contudo, ainda é preliminar e deve ter ser compreendida melhor diante de novos estudos das sequelas da doença causada pela COVID-19. “Como é que nós vamos saber isso? Daqui seis meses ou um ano, quando nós entendermos um pouco melhor a história natural da doença. E aí os otorrinolaringologistas vão poder fazer uma avaliação desse quadro desse paciente para poder avaliar se teve sequelas ou não”, completa. 

    O médico ainda explicou que quem ficou em isolamento por suspeita de coronavírus e agora começa a voltar para uma rotina mais semelhante à vida normal deve manter as orientações de higiene e, dentro do possível, continuar o isolamento social. Também deve ser mantida a distância, principalmente, de pessoas do grupo de risco – como idosos, por exemplo.

    “Manter esse distanciamento social é importante. Nós já vimos resultados positivos em várias partes do mundo. Aqueles que fizeram de modo atrasado, como a Espanha, Itália, China e os Estados Unidos – que voltaram atrás -, tiveram um número excessivo de casos e mortes”, alerta. “Nós, no Brasil, estamos no começo da curva e esperamos que ela não vá subir muito e começe a cair. Porém, maio e junho ainda são os períodos críticos para nós no Brasil”, finaliza.

     

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