Perda de sono pode causar doenças crônicas como depressão e Alzheimer
No quadro Correspondente Médica, Stephanie Rizk fala sobre a importância de dormir bem e responde perguntas de internautas
Na edição desta quinta-feira (16) do quadro Correspondente Médica, do Novo Dia, a cardiologista Stephanie Rizk debateu uma pesquisa da Fundação Nacional do Sono, uma organização não-governamental dos Estados Unidos, que afirmou que cerca de 60% da população mundial sofre com algum grau de insônia.
O especialista em medicina do sono Geraldo Lorenzo Filho falou, em entrevista à CNN, sobre o panorama da situação. “Dormir não está fácil para ninguém, especialmente depois da pandemia. Os dois grandes problemas do sono estão relacionados à insônia e à apneia. Existem vários aplicativos que propõem a monitorar o sono, escolher horário de acordar, mas a maior parte desses aplicativos não são validados.”
Segundo Stephanie Rizk, os efeitos da perda de sono são variados e podem causar uma série de doenças crônicas que atingem diferentes partes do corpo. Entre os casos mais recorrentes estão a hipertensão, demência, depressão, diabetes e o Alzheimer. “É no sono que a memória se consolida”, explicou a médica.
O ideal, ainda segundo a cardiologista, é que cada pessoa na fase adulta tenha pelo menos seis horas de sono por noite. O tempo necessário, porém, pode variar dependendo das necessidades de cada um – sem um limite máximo. Bebês, por exemplo, costumam dormir cerca de 12 horas por dia.
Rizk também alertou sobre os males possivelmente causados pelo chamado “cochilo”. “Um cochilo é bom, mas para quem tem dificuldades para dormir à noite, isso acaba prejudicando”, disse, explicando a importância de cumprir com as cinco fases do sono, que ajudam na saúde do corpo.
“Com menos de uma hora de sono, você não consegue regularizar e melhorar a homeostase do organismo, do metabolismo e ficar bem no outro dia”, completou.
A Correspondente Médica aproveitou para responder perguntas enviadas por seguidores através do Instagram da CNN. A cardiologista desmentiu a hipótese de que sono excessivo pode trazer problemas no coração, mas ressaltou que o quadro pode estar relacionado ao cansaço, muitas vezes ligado à insuficiência cardíaca.
Stephanie explicou que a qualidade do sono tem um impacto direto na imunidade de uma pessoa. “Uma das fases do sono é responsável para restaurar a imunidade, deixar o metabolismo tranquilo e produzir os anticorpos necessários”, ressaltou.
A “higiene do sono” também foi abordada pela médica, que apontou a importância de evitar o uso de computadores e smartphones 30 minutos antes de dormir, já que a luminosidade emitida pelos aparelhos eletrônicos pode reduzir a emissão de melanina no corpo humano. A meditação foi recomendada por Rizk, que, por outro lado, desaconselhou a ingestão de alimentos estimulantes no período noturno.
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