Pela 1ª vez, Brasil registra mais de 700 mortes por Covid-19 em um dia
Total de mortes pela doença no país chega a 9.897. Número de novos casos confirmados foi de 10,2 mil, chegando a 145 mil diagnósticos da doença
O Brasil ultrapassou nesta sexta-feira (8) a marca de 700 mortes confirmadas por Covid-19 em um único dia, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde. O país confirmou 751 mortes e 10.222 novos casos, chegando a um total de 9.897 mortes relacionadas à doença e 145.328 casos do novo coronavírus.
O número de mortes confirmado hoje diz respeito aos registros feitos ao longo do dia, independentemente da data em que tenham ocorrido. Do total, 260 mortes aconteceram nos últimos três dias. O Ministério da Saúde informa que outras 1.852 mortes estão em investigação, com suspeita para Covid-19.
De acordo com a pasta, 59.297 pessoas já se recuperaram da doença do novo coronavírus no país. Outros 76.134 casos seguem em acompanhamento. A pasta informou mais cedo que casos podem demorar para ser registrados como Covid-19 em um prazo de 15 a 30 dias. O limite legal, segundo técnicos do ministério, é 60 dias.
Esta semana registrou um novo patamar médio do número de casos confirmados diariamente. Nos últimos três dias, o número de confirmações girou em torno de 10 mil, tendo sido 10.503 casos confirmados na quarta-feira (6) e 9.888 confirmados na quinta-feira (7).
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O estado com o maior número de casos é São Paulo, com 41.830 casos confirmados e 3.416 mortes. Na sequência, aparecem o Rio de Janeiro (15.741 casos e 1.503 mortes), o Ceará (14.956 casos e 966 mortes), Pernambuco (11.587 casos e 927 mortes) e Amazonas (10.727 casos e 874 mortes).
Em relação à incidência média, o estado com o maior número de casos a cada um milhão de habitantes é o Amapá, com 2.746 casos por milhão. Na sequência, aparecem Amazonas (2.588 casos/milhão) e Roraima (1.856 casos/milhão).
Condições
Os dados segmentados do Ministério da Saúde apontaram uma mudança na tendência das mortes por Covid-19 no país. Diferentemente das primeiras semanas, em que ao menos três quartos das vítimas fatais tinham 60 anos ou mais, os novos percentuais indicam queda nessa proporção
Agora, 69% são idosos. Também caiu o percentual dos que possuíam comorbidades, percentual que também oscilava na faixa de 80% nas primeiras semanas. Agora, são 65% os que possuem ao menos um fator de risco. Os fatores de risco mais comuns são cardiopatias, diabetes e doenças renais. Considerando os menores de 60 anos, proporcionalmente a obesidade ganha um peso maior.
Ministério
Mais cedo, na coletiva diária do Ministério da Saúde à imprensa, não estavam presentes o ministro Nelson Teich nem seus principais auxiliares, o secretário-executivo Eduardo Pazuello e o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira. Nesta sexta-feira (8), Teich viajou para o Rio de Janeiro, um dos estados mais afetados pela pandemia.
Na próxima segunda-feira (11), está prevista a apresentação de uma das medidas mais esperadas desde que o ministro assumiu a pasta: um conjunto de diretrizes para estabelecer critérios para que estados decidam sobre a manutenção, ou não, de medidas de distanciamento social.
Metodologia
Os números divulgados diariamente pelo Ministério da Saúde refletem os casos registrados entre os boletins pelas secretarias estaduais de Saúde, independentemente da data em que tenham ocorrido. Estimativas recentes mostram que as mortes podem levar mais de um mês para serem inseridas.
Oscilações nos números também são influenciadas por outros dois fatores: a capacidade de testagem e a própria rotina de trabalho das secretarias. De acordo com o ministério, os números podem ser influenciados pela resolução concentrada de diagnósticos e por feriados e finais de semana, que afetam a equipe disponível para que as secretarias processem as informações.