Pazuello explica a ministros e Bolsonaro ‘fracasso’ da licitação das seringas
Governo federal só conseguiu oferta para 7,9 milhões das 331 milhões de seringas e agulhas que tinha a intenção de comprar
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, usou a reunião ministerial na manhã desta quarta-feira (6), no Palácio do Planalto, para explicar aos colegas de governo e ao presidente Jair Bolsonaro o “fracasso” do recente pregão eletrônico para adquirir seringas e agulhas a serem usadas na vacinação contra a COVID-19.
O termo “fracasso” foi usado por integrantes do próprio Ministério da Saúde para se referir ao resultado do certame, quando o governo federal só conseguiu oferta para 7,9 milhões das 331 milhões de seringas e agulhas que tinha a intenção de comprar, o equivalente a apenas 2,4% do total desejado.
Aos colegas ministros e ao presidente, Pazuello argumentou que “fracasso” é um termo técnico e jurídico usado na linguagem de pregões eletrônicos e licitações quando nenhuma empresa participante do certame faz oferta no preço desejado pelo licitante para determinados produtos.
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As empresas que participaram do pregão reclamaram que o edital do governo encomendava seringas e agulhas como um só produto. Também reclamaram que os preços estavam abaixo dos praticados no mercado. Como a CNN noticiou, o governo já anunciou que fará um novo pregão, com novos valores.
Em ofícios enviados ao Ministério da Economia para pedir a proibição de exportações, ao qual a coluna teve acesso, o secretário-executivo do Ministerio da Saúde, Elcio Franco, disse que alguns itens “fracassaram, porque os licitantes não aceitaram reduzir os valores de seus lances aos preços” estimados.
Motivação
Ainda segundo relatos de ministros que participaram da reunião com Bolsonaro no Planalto, o presidente pediu motivação de seus auxiliares nesse ano. “Foi uma reunião para motivar, para pedir para todo mundo arregaçar as mangas esse ano”, relatou à CNN um ministro.