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    Parque da Água Branca, em SP, vai isolar 2 mil aves em prevenção à gripe aviária

    Brasil tem 13 casos confirmados da doença em aves; estado de São Paulo não registrou infecções pelo vírus influenza H5N1

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Até o momento, foram confirmados 13 casos de gripe aviária em aves no Brasil, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre os casos, estão nove no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma, três casos no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.

    O estado de São Paulo não registrou casos da doença. No entanto, como medida preventiva, o parque da Água Branca, Dr. Fernando Costa, vai realizar o isolamento de 2 mil aves. A concessionária que administra o espaço, Reserva Parques, destacou que não foram registrados casos no parque e que a medida tem como objetivo proteger as aves e os visitantes.

    Patos, galinhas, gansos, entre outras aves serão encaminhados ao espaço zootécnico, nas dependências do parque. Duas áreas, que somam mais de 2.500 metros quadrados, foram construídas e reformadas para abrigar e garantir o bem-estar das aves, segundo a concessionária.

    O parque permanece aberto, funcionando normalmente e sem alterações na visitação. Além disso, foram realizadas ações de educação ambiental aos funcionários e visitantes sobre as mudanças. Um grupo de trabalho avalia a necessidade de medidas complementares, a equipe conta com biólogos, zootecnistas e veterinários da concessionária, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL); da Universidade de São Paulo (USP), além da sociedade civil.

    O Ministério da Saúde destaca que, até o momento, não foram confirmados casos de gripe aviária em humanos no país.

    Sobre a gripe aviária

    A gripe aviária, uma doença que afeta principalmente as aves, é causada por um vírus influenza da família Orthomyxoviridae. De acordo com seu subtipo, pode ser classificado como de alta ou baixa capacidade de provocar doença — conceito conhecido tecnicamente como patogenicidade. Assim, o vírus pode apresentar diferentes sintomas nas aves infectadas.

    Segundo a OMS, o Vírus da Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (LPAIV, em inglês) pode causar uma doença leve, muitas vezes despercebida ou sem sintomas. Já o Vírus da Influenza Aviária Altamente Patogênico (HPAIV) causado pelos subtipos (H5 e H7) do tipo A, causa doenças graves em aves e pode se espalhar rapidamente, resultando em altas taxas de mortalidade em diferentes espécies aviárias.

    Duas áreas, que somam mais de 2.500 metros quadrados, foram construídas e reformadas para abrigar as aves / Governo do Estado de São Paulo

    A forma mais comum de o vírus entrar em um território é através de aves selvagens migratórias. A maioria dos vírus influenza circulantes em aves não é capaz de infectar humanos. No entanto, algumas cepas com essa capacidade representam uma ameaça à saúde pública.

    O principal fator de risco é a exposição direta ou indireta a animais infectados, ou ambientes e superfícies contaminados. Depenar, manusear carcaças de aves infectadas e preparar aves para consumo, especialmente em ambientes domésticos, também podem ser fatores relacionados à transmissão.

    Quando a gripe aviária é transmitida aos seres humanos, os sintomas podem variar de infecção leve, com febre e tosse, a pneumonia grave associada à dificuldade para respirar e risco de morte, dependendo de fatores relacionados ao vírus e ao hospedeiro. Raramente, sintomas gastrointestinais ou neurológicos foram relatados, segundo a OMS.

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