Para pediatra, “confusão” sobre vacinação infantil poderia ter sido evitada
Ministério da Saúde anunciou que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 deve começar em janeiro deste ano
Após o Ministério da Saúde divulgar as diretrizes para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, nesta quarta-feira (5), a pediatra e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flavia Bravo, comentou à CNN sobre a decisão do governo e enfatizou a importância em começar a imunizar este grupo “depressa”.
“Fica um misto, um certo desconforto, uma situação que poderíamos estar festejando, mas diante de tudo que vem acontecendo podia ter sido evitada essa confusão toda. A comunidade científica já esperava a aprovação, desnecessário esse prolongado, isso só trouxe confusão desnecessária”, afirmou a médica.
O Ministério da Saúde anunciou que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 deve começar em janeiro deste ano com intervalo de dois meses (oito semanas) entre a primeira e a segunda dose.
A pasta recuou na exigência de prescrição médica para que as crianças pudessem se vacinar; decisão acertada, segundo a pediatra e diretora da SBIm.
“Quem não conhece o nosso país é que pode dizer numa entrevista que é imprescindível consulta médica, como se fosse acessível a todos os brasileiros, e a gente sabe que não é. Quando existe a manifestação dos pais isso já é uma autorização, pelo menos não estão exigindo a prescrição médica, nem autorização escrita dos pais”, comentou Flavia Bravo.
A pediatra destacou ainda a importância em vacinar as crianças o mais depressa possível, especialmente após o avanço da variante Ômicron do coronavírus no Brasil e no mundo.
“Seria muito bom se a gente pudesse vacinar essa população mais depressa, principalmente com tsunami da variante Ômicron, todo mundo está vendo o que está acontecendo ao redor do mundo, e não podemos pensar que estamos protegidos disso. Era melhor que esse grupo suscetível estivesse protegido mais cedo”, afirmou.
Produzido por Layane Serrano, da CNN em São Paulo*