Pandemia do novo coronavírus supera marca de 50 milhões de casos em todo o mundo
Mês de outubro foi o pior desde o início da pandemia, com 10 milhões de infecções em apenas 21 dias; EUA batem recorde com mais de 130 mil casos diários
As infecções globais pelo novo coronavírus ultrapassaram neste domingo (8) a marca dos 50 milhões de casos, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
Nos últimos 30 dias, a segunda onda do vírus foi responsável por um quarto do total de casos registrados até agora.
Outubro foi o pior mês para a pandemia de Covid-19 até agora, com os Estados Unidos se tornando o primeiro país a relatar mais de 100.000 casos diários. O aumento de infecções na Europa também contribuiu para esse aumento.
A média de casos nos últimos sete dias mostra que as infecções diárias globais estão aumentando em mais de 540.000.
Assista e leia também:
Segunda onda na Europa é preocupante e prova que pandemia não acabou, diz médica
Correspondente Médico: Como lidar com a segunda onda de Covid-19?
O que podemos aprender com a segunda onda mortal da gripe espanhola de 1918
Podcast: Os relatos do avanço da segunda onda de Covid-19 na Europa
Mais de 1,25 milhão de pessoas morreram em todo o mundo por causa da Covid-19, doenças que foi registrada pela primeira vez na China no fim do ano passado
A recente aceleração da pandemia foi feroz. Demorou 32 dias para o número de casos passar de 30 milhões para 40 milhões, mas em apenas 21 dias o contador da Johns Hopkins somou mais 10 milhões de infecções.
A Europa, com cerca de 12 milhões de casos, é a região mais afetada, ultrapassando a América Latina. A Europa é responsável por 24% das mortes por Covid-19.
A região registra cerca de 1 milhão de novas infecções a cada três dias ou mais, de acordo com uma análise da agência Reuters. Isso é 51% do total global.
A França está registrando 54.440 casos por dia média dos últimos de sete dias, uma taxa mais alta do que a Índia, que tem uma população muito maior.
A segunda onda global está testando sistemas de saúde em toda a Europa, levando Alemanha, França e Grã-Bretanha a ordenar que muitos cidadãos voltem para suas casas.
A Dinamarca, que impôs um novo bloqueio à sua população em várias áreas do norte, ordenou o abate de seus 17 milhões de visons após uma mutação do coronavírus encontrada nos animais se espalhar para humanos.
Os Estados Unidos, com cerca de 20% dos casos globais, enfrentando seu pior aumento, registrando mais de 100.000 casos diários de coronavírus na média dos últimos sete dias. Além disso, no sábado (7) o país registrou mais de 130.000 casos.
Assista e leia também:
Biden planeja anunciar força-tarefa de combate à Covid-19 na segunda-feira
Passagens aéreas domésticas sobem 23% só em agosto e voltam ao patamar pré-Covid
Capital da Índia, Nova Déli vive terceira onda de Covid-19
Mais de 400 mil pessoas já morreram de coronavírus na América Latina
Esse crescimento de infecções nos EUA coincidiu com o último mês de campanha eleitoral em que o presidente Donald Trump minimizou a gravidade da pandemia e seu desafiante, Joe Biden – eleito o 46º presidente dos EUA –, adotou uma abordagem com base na ciência.
Os comícios de Trump, alguns ao ar livre e com poucas máscaras e pouco distanciamento social, levaram a 30.000 casos confirmados adicionais e provavelmente levaram a mais de 700 mortes, estimaram economistas da Universidade de Stanford em um artigo.
Na Ásia, a Índia tem o segundo maior número de casos do mundo, mas tem visto uma desaceleração constante desde setembro, apesar do início da temporada de festivais hindus.
O total de casos no país ultrapassou a marca de 8,5 milhões na sexta-feira (6) e a média diária é de 46.200.
(Com informações da Reuters)