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    OMS recomenda uso da vacina da Oxford para adultos com mais de 18 anos

    Guia da organização também não recomenda a interrupção da amamentação após a vacinação

    Jacqueline Howard e Naomi Thomas, da CNN

     A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, nesta quarta-feira (10), a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca para todas as pessoas com 18 anos ou mais, incluindo adultos mais velhos.

    “A resposta imunológica em pessoas acima de 65 anos é quase a mesma que em pessoas mais jovens, e isso nos deixa muito confiantes”, disse Joachim Hombach, secretário executivo do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS. 

    Até que dados estejam disponíveis, a vacinação de indivíduos com menos de 18 anos de idade não é recomendada

    Guia da OMS

    As novas recomendações foram publicadas nesta quarta-feira e observam que existem algumas populações para as quais os dados são limitados ou não existem – incluindo crianças, mulheres grávidas, mulheres lactantes e outros grupos. 

    “Até que tais dados estejam disponíveis, a vacinação de indivíduos com menos de 18 anos de idade não é recomendada”, diz o guia.

    “Os dados disponíveis sobre a vacinação de mulheres grávidas são insuficientes para avaliar a eficácia da vacina ou os riscos associados à vacina na gravidez”, completa o guia. 

    Para as mulheres que estão amamentando, a orientação diz que “uma mulher que amamenta e que faz parte de um grupo recomendado para vacinação, como, por exemplo, profissionais de saúde, deve receber a vacinação em uma base equivalente”. 

    O guia também não recomenda a interrupção da amamentação após a vacinação.

    Uso contra novas variantes da Covid-19

    No mesmo briefing, a OMS também recomendou a vacina Oxford/AstraZeneca em países onde variantes do novo coronavírus estão circulando.

    O grupo de conselheiros especialistas analisou dois aspectos da circulação das variantes em relação à vacina AstraZeneca, explicou Alejandro Cravioto, presidente do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas da OMS em Imunização.

    No Reino Unido, Cravioto disse que a análise preliminar mostrou uma eficácia ligeiramente reduzida contra a variante identificada pela primeira vez lá. A análise também mostrou uma redução limitada nos títulos de neutralização, o que significa que a vacina ainda está tendo um bom efeito protegendo as pessoas infectadas com essa variante.

    Na África do Sul, Cravioto disse que a análise preliminar mostrou “uma redução acentuada” na eficácia da vacina contra doenças leves ou moderadas em uma variante detectada pela primeira vez lá. A análise também mostrou uma redução nos níveis de anticorpos neutralizantes. 

    No entanto, ele disse que o estudo é pequeno e não permite a avaliação da vacina contra infecções graves. Ele observou que há evidências indiretas de que ainda há proteção contra doenças graves.

    “Considerando todos esses fatores, temos feito a recomendação de que, mesmo que haja uma redução na possibilidade dessa vacina ter um impacto total em sua capacidade de proteção, especialmente contra doenças graves, não há razão para não recomendar seu uso, mesmo em países que têm a circulação da variante”, disse Cravioto.

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