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    OMS recomenda molnupiravir para Covid-19 em pacientes não graves com maior risco

    Molnupiravir é um medicamento antiviral que funciona impedindo a replicação do novo coronavírus no organismo

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar o medicamento antiviral molnupiravir para pacientes com a Covid-19 não grave, que apresentam maior risco de hospitalização. A orientação foi publicada pelo grupo de desenvolvimento de diretrizes da OMS no periódico científico The BMJ.

    Os pacientes que correm maior risco de hospitalização geralmente incluem aqueles não vacinados, idosos e pessoas com sistema imunológico fraco ou doenças crônicas.

    O painel enfatiza que pacientes jovens e saudáveis, incluindo crianças, mulheres grávidas e lactantes, não devem receber o medicamento devido a possíveis danos.

    O molnupiravir é um medicamento antiviral que funciona impedindo a replicação do novo coronavírus. O medicamento usado nos primeiros momentos da infecção pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de sintomas mais graves.

    A recomendação da OMS considera novos dados de seis ensaios clínicos envolvendo 4.796 pacientes – o maior conjunto de informações sobre o medicamento até o momento.

    Evidências desses estudos sugerem que o molnupiravir reduz o risco de internação hospitalar (43 internações a menos por 1.000 pacientes com maior risco) e o tempo para melhora dos sintomas (média de 3,4 dias a menos). Outras evidências ainda limitadas sugerem um pequeno efeito na mortalidade (6 menos mortes por 1.000 pacientes).

    O grupo da OMS não faz recomendação do medicamento para pacientes com doença grave ou crítica, pois não há dados de estudos sobre o molnupiravir para essa população. Além disso, os especialistas reconhecem que os problemas de custo e disponibilidade associados ao molnupiravir podem tornar o acesso a países de baixa e média renda desafiador e exacerbar a desigualdade na saúde.

    Na mesma atualização da diretriz, o painel da OMS recomenda um tratamento combinando dois anticorpos (casirivimabe e imdevimabe) a ser usado em pessoas que não foram infectadas pela variante Ômicron. Novas evidências demonstram falta de eficácia do composto contra a linhagem.

    Pedido de uso emergencial em análise

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de autorização de uso emergencial do molnupiravir pela empresa Merck Sharp & Dohme (MSD) no dia 26 de novembro de 2021.

    Na triagem inicial da documentação apresentada pela empresa, a agência identificou a ausência de dados necessários para se avançar na análise. Segundo a Anvisa, o prazo para conclusão da análise foi suspenso até que sejam submetidos os dados mínimos requisitados.

    Desde então, a Anvisa tem realizado reuniões com a empresa para orientar sobre as informações necessárias para a análise.

    Cuidados básicos ajudam a prevenir a Covid-19

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