OMS recomenda 2º reforço contra a Covid-19 para grupos mais vulneráveis
Campanha de imunização deve priorizar idosos, imunocomprometidos, adultos com comorbidades, gestantes e profissionais de saúde, segundo a OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, nesta quinta-feira (18), uma atualização das recomendações do uso de vacinas contra a Covid-19. As orientações são resultado do trabalho de um grupo de cientistas que compõem o Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (SAGE, em inglês).
No documento, a OMS recomenda que a segunda dose de reforço contra o coronavírus – 4ª dose para a maior parte dos imunizantes, deve ser oferecida para grupos com maior risco de desenvolvimento de doença grave ou exposição ao vírus.
A lista inclui idosos (sendo que o limite de idade específico deve ser definido pelos países com base na epidemiologia local da doença); pessoas com condições imunocomprometidas moderada e grave; adultos com comorbidades que os colocam em maior risco de doença grave, além de gestantes e profissionais da saúde.
O grupo de especialistas da OMS afirma que à medida que a eficácia da vacina diminui ao longo de um período de 4 a 6 meses, uma segunda dose de reforço deve ser oferecida 4 a 6 meses após a última dose ou, se esse período for perdido, o mais rápido possível. Doses adicionais administradas além do primeiro reforço tem como objetivo restaurar ou melhorar ainda mais a resposta imune após o declínio desde a dose de reforço anterior.
Além disso, indivíduos com alto risco de doença grave e de morte devem receber uma segunda dose de reforço neste intervalo de tempo. “Uma vez autorizadas para uso, vacinas específicas para variantes podem ser consideradas. No entanto, os indivíduos de alto risco não devem atrasar o recebimento de uma dose de reforço em antecipação a estas”, diz o documento.
A OMS apoia uma abordagem flexível para esquemas de vacinação homóloga e heteróloga, tanto para a série primária quanto para as doses de reforço.
“Os reforços heterólogos devem ser implementados com consideração cuidadosa do suprimento atual de vacinas, projeções de suprimento de imunizantes e outras considerações de acesso, juntamente com os potenciais benefícios e riscos dos produtos específicos que estão sendo usados”, diz o documento.
Vacinação contra a gripe
A OMS recomenda ainda que os países considerem a coadministração de vacinas da Covid-19 com imunizantes contra influenza sazonal.
Segundo a OMS, o risco conhecido de doença grave é significativo para idosos e muitos outros grupos prioritários infectados pelo vírus influenza ou pelo SARS-CoV-2.
Outras vacinas para adultos também podem ser coadministradas com vacinas contra o coronavírus. “A OMS visa uma abordagem de curso de vida para a implementação de vacinas da Covid-19. Essa abordagem programática ajudará a alcançar uma maior aceitação de vacinas, aumentar a eficiência e proteger os sistemas de saúde sobrecarregados”, afirma o texto.