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    Casos de varíola dos macacos sobem 20% no mundo em uma semana, diz OMS

    Doença atinge 92 países e territórios, com 12 mortes registradas, segundo dados divulgados pela OMS nesta quarta-feira (17)

    Lucas Rochada CNN , em São Paulo

    Os casos de varíola dos macacos no mundo aumentaram em 20% em uma semana, chegando a 35 mil em 92 países e territórios, com 12 mortes registradas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

    Em entrevista semanal à imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que foram relatados quase 7.500 casos à entidade na semana passada, um aumento de 20% em relação à semana anterior, que também foi 20% a mais que na semana anterior.

    “Quase todos os casos estão sendo relatados na Europa e nas Américas, e quase todos os casos continuam sendo relatados entre homens que fazem sexo com homens, ressaltando a importância de todos os países projetarem e fornecerem serviços e informações adaptados a essas comunidades que protejam a saúde, direitos e dignidade”, disse Adhanom.

    Até o momento, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil registra 3.184 casos confirmados da doença nos estados de São Paulo (2.158), Rio de Janeiro (368), Minas Gerais (144), Distrito Federal (116), Paraná (82), Goiás (120), Bahia (26), Ceará (14), Rio Grande do Norte (10), Espírito Santo (8), Pernambuco (17), Tocantins (1), Maranhão (2), Acre (1), Amazonas (9), Pará (2), Paraíba (1), Piauí (1), Rio Grande do Sul (47), Mato Grosso (4), Mato Grosso do Sul (10), e Santa Catarina (43).

    O diretor-geral da OMS orientou que gestores e autoridades sanitárias aumentem os esforços para identificar a doença e interromper a transmissão.

    “O foco principal para todos os países deve ser garantir que estejam prontos para a monkeypox e interromper a transmissão usando ferramentas eficazes de saúde pública, incluindo vigilância aprimorada de doenças, rastreamento cuidadoso de contatos, comunicação de risco personalizada e envolvimento da comunidade e medidas de redução de risco”, disse.

    De acordo com a OMS, as vacinas também podem desempenhar um papel importante no controle do surto, apesar do estoque limitado de doses no momento.

    “A OMS tem mantido contato próximo com os fabricantes de vacinas e com países e organizações que desejam compartilhar doses. Continuamos preocupados que o acesso desigual a vacinas que vimos durante a pandemia de Covid-19 se repita e que os mais pobres continuem sendo deixados para trás”, disse Adhanom.

    Mudanças na nomenclatura da doença

    Na semana passada, um ​​grupo de especialistas globais convocado pela OMS entrou em consenso para a utilização de novos nomes para as variantes do vírus Monkeypox, causador da varíola dos macacos. Os especialistas concordaram em nomear os clados, ou grupos virais, usando algarismos romanos.

    À imprensa, Adhanom afirmou nesta quarta-feira que o trabalho para renomear a doença e o vírus está em andamento. Para decidir sobre a nomenclatura do agravo, a OMS realiza uma consulta aberta, que recebe sugestões online.

    Como identificar os sintomas de varíola dos macacos

    O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Na forma mais comum documentada da doença, os sintomas podem surgir a partir do sétimo dia com uma febre súbita e intensa.

    São comuns sinais como dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e principalmente o aparecimento de inchaço de gânglios, que pode acontecer tanto no pescoço e na região axilar como na parte genital.

    Já a manifestação na pele ocorre entre um e três dias após os sintomas iniciais. Os sinais passam por diferentes estágios: mácula (pequenas manchas), pápula (feridas pequenas semelhantes a espinhas), vesícula (pequenas bolhas), pústula (bolha com a presença de pus) e crosta (que são as cascas de cicatrização).

    As lesões na pele na forma de bolhas podem variar de um paciente para o outro e aparecer em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais.

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