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    OMS alerta para aumento da dengue em meio ao aquecimento global

    Calor favorece que mosquitos se espalham com maior facilidade; taxa mundial atingiu 4,2 milhões de casos em 2022

    Emma Fargeda Reuters , Genebra

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira (21) que os casos de dengue podem se aproximar de recordes neste ano, em parte devido ao aquecimento global, que favorece os mosquitos que a espalham.

    As taxas de dengue estão aumentando globalmente, com os casos relatados desde 2000 crescendo em oito vezes, para 4,2 milhões em 2022, disse a OMS.

    A doença foi encontrada na capital do Sudão, Cartum, pela primeira vez, de acordo com um relatório do Ministério da Saúde em março, enquanto a Europa relatou um aumento nos casos, e o Peru declarou estado de emergência na maioria das regiões.

    Em janeiro, a OMS alertou que a dengue é a doença tropical que mais se espalha no mundo e representa uma “ameaça pandêmica”.

    Cerca de metade da população mundial está agora em risco, disse o Dr. Raman Velayudhan, especialista do departamento de controle de doenças tropicais negligenciadas da OMS, a jornalistas em Genebra nesta sexta-feira.

    Os casos relatados à OMS atingiram uma máxima histórica em 2019, com 5,2 milhões de casos em 129 países, disse Velayudhan por meio de uma videochamada. Este ano, o mundo está a caminho de “mais de 4 milhões” de casos, dependendo principalmente da estação das monções na Ásia.

    Já foram relatados cerca de 3 milhões de casos na América, disse ele, acrescentando que havia preocupação com a disseminação para Bolívia, Paraguai e Peru.

    A Argentina, que enfrentou um de seus piores surtos de dengue nos últimos anos, está esterilizando mosquitos usando radiação que altera seu DNA antes de liberá-los na natureza.

    “O continente americano certamente mostra que está ruim e esperamos que a região asiática consiga controlá-la”, afirmou Velayudhan.

    A OMS diz que os casos relatados da doença, que causa febre e dores musculares, representam apenas uma fração do número total de infecções globais, já que a maioria dos casos é assintomática. A doença é fatal em menos de 1% das pessoas.

    Acredita-se que um clima mais quente ajude os mosquitos a se multiplicarem mais rapidamente e permita que o vírus se expanda dentro de seus corpos. Velayudhan citou o aumento do movimento de bens e pessoas e a urbanização e problemas associados com saneamento como outros fatores por trás do aumento.

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