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    Número de mortos por coronavírus no Brasil sobe para 46; há mais de 2 mil casos

    Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil fará 22,9 milhões de testes e poderá ser o país com o maior número de casos da doença

    Guilherme Venaglia e Natália André

    Da CNN, em São Paulo e em Brasília

    Números divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta terça-feira (24) registram nova alta no número de casos confirmados e mortes relacionadas ao novo coronavírus. Segundo o governo federal, são agora 46 óbitos causados pela COVID-19. No balanço anterior, de segunda-feira, eram 34.

    Das 46 mortes registradas, 40 aconteceram no estado de São Paulo e outras seis no estado do Rio de Janeiro. Os dois também são os dois estados com o maior número de casos confirmados (810 e 305, respectivamente). Ao todo, o Brasil registra 2.201 casos do novo coronavírus.

    Na sequência, registram o maior número de casos confirmados da COVID-19: Ceará (182), Distrito Federal (160) e Minas Gerais (130). Há casos registrados em todos as 27 unidades federativas do país.

    Outras mortes ainda não contabilizadas pelo Ministério da Saúde foram anunciadas mais tarde. Na noite de terça-feira, o Amazonas informou o óbito de um homem de 49 anos. Na madrugada de quarta, o prefeito de Porto Alegre informou a primeira morte no Rio Grande do Sul (de uma mulher de 91 anos).

    Veja o balanço dos casos divulgados:

    Balanço oficial de casos do novo coronavírus no Brasil em 24/03/2020 às 17h00
    Balanço oficial de casos do novo coronavírus no Brasil em 24/03/2020 às 17h00
    Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
     

    22,9 milhões de testes

    Wanderson Kléber de Oliveira, secretário de vigilância em saúde do ministério, afirmou que o Brasil seguirá as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e buscará testar o maior número de pessoas no país. “Vamos testar muita gente. Por isso, Brasil, muito provavelmente, será o país com maior número de casos”, concluiu.

    Segundo o secretário, já há a previsão de 22,9 milhões de testes, divididos entre dois tipos, os exames de laboratório e os chamados “testes rápidos” ou “da gotinha”. Serão 14,9 milhões de exames de laboratório, que levam um prazo maior para ficarem prontos, mas são os capazes de identificar com eficácia o novo coronavírus.

    Os outros 8 milhões de testes serão adotados pela primeira vez no Brasil, sendo muito semelhantes aos exames utilizados para medir a insulina. Segundo o Ministério da Saúde, o teste tem “limitações” mas é útil para uma análise mais rápida.

    Entre essas limitações, o fato de que ele só apresenta resultado quando há sintomas, uma vez que detecta os anticorpos que o corpo produz para reagir ao vírus. “É um exame de triagem, não de diagnóstico”, afirmou Wanderson de Oliveira, que disse que o Brasil será o primeiro país a utilizar esse teste em larga escala.

    O objetivo, segundo o secretário, é utilizar o teste rápido para os segmentos mais expostos, os profissionais de saúde e de segurança pública. O ministério afirmou que vai informar nas próximas horas os valores gastos, quantos desses testes foram adquiridos e quantos foram doados por empresas, como Vale e Petrobras. Uma parte está sendo adquirida pela Fiocruz, vinda da China, e outra parte está sendo doada por empresas como a Vale. 

    O Brasil ainda tem um gargalo considerável do ritmo que seria ideal para os testes, segundo Oliveira. Ele estima que sejam necessários entre 30 e 50 mil testes por dia. Hoje, a capacidade total do país para os exames laboratoriais seja de 6,7 mil/dia. Esse total ainda precisa ser dividido com outras doenças como aids e dengue.