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    Novo impasse com a Índia atrasa envio de doses prontas de vacina para o Brasil

    Cronograma atualizado do Ministério da Saúde mostra nova previsão

    Thais ArbexLeandro Resendeda CNN

     O novo cronograma de entrega de doses de vacina contra a Covid-19 apresentado pelo Ministério da Saúde revela um atraso na chegada ao Brasil de doses prontas do imunizante de Oxford/AstraZeneca, previstas para o mês de março. Em fevereiro, a pasta anunciou que chegariam 4 milhões de doses prontas nos próximos dias e mais 4 milhões em abril.

    Agora, a tabela atualizada pelo ministério mostra que não há mais previsão para as doses prontas da vacina chegarem em março, momento que o Brasil enfrenta o cenário mais grave da pandemia. A CNN apurou que a mudança no cronograma aconteceu, novamente, por questões diplomáticas: o governo da Índia tem feito pressão para que essas doses não saiam daquele país. O objetivo é acelerar a vacinação da população indiana.

    A Fiocruz, responsável por negociar as doses prontas com o Instituto Sérum, trabalha para antecipar o envio do quantitativo ao Brasil. Uma fonte com acesso às negociações afirmou à CNN que prevê um mês de março ainda difícil em relação à imunização, mas que a expectativa é de um abril “bem melhor”.

    Como forma de compensar atrasos no envio do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), que possibilita a produção da vacina de Oxford no Brasil, a Fiocruz e a farmacêutica Astrazeneca passaram a negociar o envio de doses prontas do imunizante. O acordo, antecipado pela CNN no mês passado, previa o envio de 10 milhões de doses até abril. Desse lote, 2 milhões chegaram em fevereiro.

    As 8 milhões de doses que faltam, segundo a nova previsão do Ministério da Saúde, serão escalonadas em quatro lotes de dois milhões, entregues entre abril e julho.

    Neste mês, a Fiocruz entregará 3,8 milhões de doses da vacina de Oxford produzida com a matéria prima enviada da China para o Brasil.

    No total, o cronograma do Ministério da Saúde prevê 38 milhões de doses para este mês, incluindo 8 milhões da Covaxin, vacina que ainda não tem registro aprovado pela Anvisa.

    A CNN fez contato com o Instituto Sérum através de e-mail e ainda não obteve resposta.

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