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    Nova variante já é predominante nos casos de Covid-19 no Amazonas

    Pesquisa constatou que a nova cepa apareceu em 91% dos casos analisados neste mês

    Leandro Resendeda CNN

     

    A nova variante do coronavírus identificada no Amazonas foi a predominante nos casos registrados no estado ao longo do mês de janeiro deste ano. A análise foi feita pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas e constatou que a nova cepa apareceu em 91% dos casos analisados neste mês.

    O percentual é superior aos 51% dos casos sequenciados em que a variante brasileira do coronavírus foi identificada no Amazonas. A alta presença desta nova cepa sugere, de acordo com a pesquisa, que a mutação do vírus é de fato mais transmissível. Mas ainda não há dados que comprovem ser esta versão do Sars-CoV-2 mais grave que a que circula pelo Brasil desde o ano passado. 

     

    “É uma das variáveis importantes relacionadas à explosão de casos no Amazonas, mas não é a única. Aglomerações e falta de distanciamento social também contribuíram”, afirmou o pesquisador Felipe Naveca, virologista que está à frente das investigações sobre a nova variante, detectada pela primeira vez no dia 4 de dezembro. Ou seja, em menos de dois meses, esta mutação do vírus já se tornou predominante no Amazonas. 

    Entre outras conclusões do estudo, divulgado nesta sexta-feira (29), está a confirmação de uma pessoa que teve Covid-19 e depois se reinfectou ao entrar em contato com a variante amazônica do vírus. O caso já havia sido descrito, e, agora, foi ratificado mais uma vez pelos pesquisadores. Trata-se de uma mulher de 29 anos que teve covid-19 em março, e foi reinfectada em dezembro. Ambos os resultados positivos para Sars-CoV-2 foram feitos por exame de RT-PCR.

     

    Além disso, o estudo chama atenção para o fato de que 11 cidades do Amazonas, contando com Manaus, tiveram detectadas a presença da variante do vírus. “Manaus, Rio Preto da Eva, Careiro, Anori, São Gabriel da Cachoeira, Iranduba, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Tabatinga, Careiro, Manacapuru. Esse dado reforça que as ações de vigilância genômica devem sempre envolver amostras do interior do estado”.